Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) – A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira o terceiro caso da variante Ômicron do coronavírus no Brasil, detectado em um passageiro vindo da Etiópia e que chegou no aeroporto de Guarulhos no último sábado.

A amostra foi sequenciada pelo Instituto Adolfo Lutz, que confirmou se tratar da variante Ômicron. Segundo comunicado da secretaria, o paciente de 29 anos não apresentava sintomas quando chegou ao Brasil e estava vacinado com duas doses da vacina da Pfizer.

Ele está em isolamento em Guarulhos, cidade onde mora, informou a secretaria.

Os dois casos anteriores da nova variante no Brasil foram anunciados na terça-feira, em um homem de 41 anos e de uma mulher de 37 que estiveram na África do Sul, país onde a Ômicron foi originalmente detectada. Os dois haviam sido vacinados com a vacina da Janssen na África do Sul.

“É importante salientar que o comportamento de um vírus pode ser diferente em locais distintos em virtude de fatores demográficos e climáticos, por exemplo. Aproveitamos para reforçar a importância da vacinação, principalmente aquelas 3,9 milhões de pessoas que ainda não tomaram a sua segunda dose, pois somente desta forma estarão totalmente protegidas”, disse o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, segundo nota divulgada pela pasta.

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A Ômicron tem gerado temores em todo o mundo de que a grande quantidade de mutações que tem na proteína spike do coronavírus, usada pelo vírus para infectar as células, possa significar que a variante escape da imunidade induzida por vacinas.

Alguns fabricantes de imunizantes, no entanto, afirmam que, embora seja possível que as vacinas existentes sejam menos eficazes contra a Ômicron, é provável que os imunizantes protejam os infectados pela nova variante contra quadros graves da Covid-19.

Especialistas sul-africanos afirmaram, até o momento, que os casos da Covid-19 provocados pela Ômicron foram amenos. Cientistas no geral alertam, ao mesmo tempo, que há muitas incertezas em torno da nova variante e são necessários estudos para responder questões como a eficácia da vacina.

(Por Eduardo Simões, edição Alberto Alerigi Jr. e Maria Pia Palermo)

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