Um casal foi vítima de sequestro-relâmpago quando entravam em um motel, em Santos, no litoral de São Paulo. De acordo com as vítimas, que estavam em um carro de luxo, assim que o motorista abaixou o vidro do veículo para falar com a atendente, quatro criminosos os abordaram, munidos de fuzis. As informações são do G1.

Ainda segundo o casal, um carro com outros cinco criminosos impediu a fuga deles. As vítimas foram colocadas no banco de trás do automóvel deles e os bandidos passaram a dirigir “de forma enlouquecida”. Durante o trajeto, os bandidos exigiam dinheiro “para que não acontecesse nada com eles”.

“Eles perguntavam: ‘Vocês tem dinheiro em casa?’. A gente dizia que não, mas eles insistiam: ‘Como não tem? Ricos desse jeito..’. e insistiam: ‘Sabem nadar? Porque a gente vai para o mangue’ Foi uma tortura psicológica horrível”, contou a mulher ao G1.

Ainda segundo ela, o marido, que é empresário, afirmou que poderia fazer transferências bancárias para os criminosos. Quando estavam subindo o morro da Nova Cintra, os bandidos bateram o carro e obrigaram o casal a entrarem numa região de mata. Parte dos criminosos acompanhou as vítimas e a outra vasculho o carro até encontrar o celular do empresário.

“Meu marido foi passando todas as senhas relativas aos aplicativos de banco. Os dois grupos ficaram trocando mensagens. Mas, as ameaças não cessavam. Quanto mais a gente subia, mas entrávamos em área de mata, pensávamos: ‘Agora que têm o dinheiro, vão nos matar’. Foi desesperador”.

De acordo com o casal, após as transferências serem feitas, parte da quadrilha fugiu e deixou os outros sem nada. “Três voltaram para ficar com a gente, e os demais foram embora. Abandonaram os caras. Ai, começaram a brigar entre eles, reclamar, dizer que ia ‘ter papo reto’”, explicou.

Em seguida, o casal foi separado. A mulher ficou com um dos bandidos no morro e outros dois acompanharam o empresário até a casa, onde foram levadas joias e aparelhos celulares. As duas vítimas se reencontraram pouco depois em um posto de gasolina. No total, as vítimas passaram quatro horas com os bandidos.

Para as vítimas, não ficou claro se o crime estava planejado ou se o casal foi escolhido por conta do carro de luxo. “A gente trabalha, paga todos os impostos e conseguiu comprar algo que era um sonho nosso. A gente se pergunta: por que escolheram a gente?”, afirmou.