SP: Cachorra morre após evitar ataque de pitbull a menina de 8 anos

Arquivo pessoal/ Thaynara Camargo
Foto: Arquivo pessoal/ Thaynara Camargo

Uma criança de 8 anos foi salva de um ataque de pitbull pela cachorra da família, da raça shih-tzu, na domingo (16), em Bauru (SP). A cachorrinha Lilica acabou ferida, não resistiu aos ferimentos e morreu na segunda-feira (17). As informações são do G1.

De acordo com a psicóloga Thaynara Milano, ela e a filha estavam com dois cachorros da família em frente de casa quando o pitbull do vizinho escapou. “Foi tudo muito rápido. O pitbull do vizinho simplesmente abriu o portão e foi para cima da Larah. Nisso, a Lilica se assustou e foi para frente. Foi aí que ele pegou a Lilica e não soltava”, contou Thaynara ao G1.

A psicóloga afirma que levou a filha para dentro de casa e gritou por ajuda. “O Bola [filho de Lilica] pulou em cima dele, mordeu, latiu, brigava, e ele [o pitbull] não soltava. A minha reação foi o desespero.”

Os vizinhos ouviram os gritos e tentaram ajudar. O pitbull só soltou a cachorra quando um dos vizinhos ficou em cima dele e o pegou pelo pescoço. “Foram cerca de 5 minutos nessa tortura”, lembrou Thaynara. Após soltar Lilica, o cachorro correu de volta para a casa dos donos.

Lilica não resistiu aos ferimentos

Logo em seguida, a família levou a cachorrinha para um veterinário. “Quando chegou lá, a veterinária foi clara, dizendo que o estado dela era grave e precisava suturar os machucados. Mas Lilica estava com os sinais vitais muito baixos e não daria para sedar naquele momento. Ela passou a noite internada”, relatou a psicóloga ao G1.

No dia seguinte, a cachorra, de 6 anos, teve uma parada cardíaca e morreu. “Lilica salvou minha filha. Larah está muito abalada com toda a situação.”

Na terça-feira (18), a psicóloga registrou um boletim de ocorrência on-line e foi até a delegacia. O caso será investigado como omissão cautela na guarda/condução animais. O vizinho e dono do pitbull não estava em casa na hora do ataque.

“Ele foi no veterinário ajudar, totalmente arrasado, chorava, pedia perdão e desculpa. Disse que iria arcar com todas as despesas e lamentou muito. Contou para gente que saiu para trabalhar e bateu o portão, travou e não trancou. E que ele sempre faz isso, e nunca tinha acontecido nada.”