Arte, cultura, encontro e tendências. A SP–Arte, a mais importante feira de arte da América Latina, terá sua 19ª edição de 29 de março a 02 de abril, no Pavilhão da Bienal, com mais de 150 expositores, entre galerias nacionais e internacionais (Argentina, Brasil, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Peru e Uruguai), estúdios de design, editoras, instituições culturais e espaços independentes.

Sede tradicional da SP–Arte desde sua criação, o pavilhão projetado por Oscar Niemeyer abriga neste ano expositores de 8 países e 20 cidades brasileiras, como Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza, além de São Paulo. Para Fernanda Feitosa, fundadora e diretora da SP–Arte, a feira é um exemplo de como a arte movimenta positivamente a agenda da cidade, impulsiona toda a cadeia do setor e projeta a imagem do país no mundo.

Fernanda Feitosa, fundadora e diretora da SP-Arte, conta com exclusividade para esta coluna de arte da ISTOÉ sobre os bastidores da maior feira de arte do Brasil, que já apresentou 50 mil obras em seus dezenove anos de existência:

Ideia – A SP–Arte surgiu em 2005 da constatação de que o Brasil, à semelhança de outros países do mundo que tinham feiras de arte consolidadas, reunia um conjunto de características que são bastante indicativas de um bom mercado: é um país grande e central na região sul-americana, com um mercado de arte local bastante profissionalizado, produção artística de alta qualidade e com potencial de crescimento do mercado consumidor de arte elevado. Tudo isso sinaliza para a criação de um evento atrativo e de sucesso com forte impacto na comunidade, a exemplo de feiras de arte internacionais como Art Basel ou Frieze.

Números – Ao longo das 19 edições, a feira reuniu cerca de 2.800 expositores, incluindo os 165 participantes que teremos este ano, entre galerias de arte, design, editoras, museus e espaços autônomos. Nesses anos, foram expostas 50 mil obras. A expectativa é receber um público de aproximadamente 28 mil visitantes.

Arte internacional – A feira também recebe expositores de países como Estados Unidos, Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra, França, Alemanha, República Tcheca, Argentina, México, Uruguai, Colômbia, Peru, Chile e Costa Rica.

Locais – A SP–Arte nasceu no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera, onde a feira ocorre tradicionalmente em abril. Foi realizada uma edição da SP–Arte em Brasília, em 2014. De 2007 a 2019, aconteceu a SP–Foto, sempre em agosto (que é o mês internacional da fotografia). Desde 2021, existe um novo evento de arte que sucede a SP–Foto e que se chama SP–Arte: Rotas Brasileiras, realizada na Arca, um galpão de fábrica localizado na Vila Leopoldina.

Curadoria- Importante esclarecer que a SP–Arte é um evento de arte que não tem uma linha curatorial que define os artistas a serem expostos para todos os expositores. Cada expositor faz sua própria curadoria. O curador contribui na elaboração de programas e exposições dentro da feira, não existe uma curadoria e direção artística geral porque se trata de uma feira onde os expositores têm liberdade para apresentar o que desejam. No entanto, a SP–Arte por vários anos trouxe setores curados, representados por um número determinado de galerias com um eixo curatorial proposto por um curador convidado: como foi o caso dos setores Solo, Masters, Performance e Open Plan. Entre eles podemos destacar o Adriano Pedrosa, atual diretor artístico do Masp e curador da próxima Bienal de Veneza, que criou o lab curatorial e coordenou o programa de Talks; Cauê Alves (diretor artístico do MAM); Marcos Gallon (diretor artístico da mostra Verbo de performance); Tiago Mesquita; Alexia Tala; Rodrigo Moura; Luiza Teixeira de Freitas; Maria Inês Rodrigues; Jacopo Crivelli Visconti; Paula Garcia, entre outros. Na próxima edição, a curadora Carollina Lauriano inaugura o Showcase, novo setor que se configura como uma exposição espalhada pelos próprios estandes da feira.

Quem escolhe as obras – A SP-Arte realiza um processo de application meses antes da realização da feira. As galerias de arte e design interessadas em participar do evento se inscrevem, indicando o que pretendem apresentar e a área que desejam ocupar. A diretoria da SP–Arte analisa e aprova (ou não) as inscrições, contando com o auxílio de um comitê consultivo, quando necessário. A SP–Arte não interfere na escolha das obras que as galerias apresentam, pois trata-se de uma estratégia comercial e curatorial dos próprios participantes.

Outras curiosidades deste ano- Pela primeira vez, a feira deste ano contará com um restaurante japonês; terá um lounge exclusivo para expositores e colecionadores convidados; às quartas e quintas a feira conta com dois períodos de visitação dedicados ao público Premium.

Espaço permanente – A SP–Arte inaugura também um espaço permanente em 2023. Dedicada a artes visuais, a Casa SP–Arte abre suas portas com exposição de Hélio Oiticica (1937-1980), em parceria com a Gomide&Co e Luisa Duarte, diretora artística da galeria. A mostra reúne obras de diferentes fases do artista, incluindo suas investigações de caráter construtivo sobre o plano bidimensional e propostas experimentais que dialogam sobre arte e vida. O espaço fica na Alameda Ministro Rocha Azevedo, 1.052 – Jardins.

Participantes da edição deste anoSetor Arte (A Gentil Carioca, Alban, Almeida & Dale, AM Galeria, Amparo 60, Andrea Rehder, Anita Schwartz, Arte57, ArteFASAM, ARTEFORMATTO, Asfalto, Athena, Aura, Berenice Arvani, BG27, Bianca Boeckel, Bordallo Pinheiro, C.galeria, Carbono, Carmo Johnson Projects, Casa Rosa Amarela, Casa Triângulo, Cassia Bomeny, Celma Albuquerque, Central, Choque Cultural, Continua, DAN Galeria, Eduardo Fernandes, El Museo / Fernando Pradilla (COL – ESP), Estação, Fólio, Fortes D’Aloia & Gabriel, Frente, Gabriel Wickbold, Gaby Indio da Costa, Galatea, Galería de las Misiones (URU), Galería Sur (URU), Gisela Projects, Gomide&Co, Herlitzka + Faria (ARG), Hilda Araujo, HOA, Inox, Ipanema, Izabel Pinheiro, Janaina Torres, Leme, Leonardo Leal, Lima, Luciana Brito, Luciana Caravello, Luis Maluf, Luisa Strina, Lume, Maât Gallery (FRA), Mamute, MaPa, Marcelo Guarnieri, Marco Zero, Marilia Razuk, Marli Matsumoto, Matias Brotas, Mendes Wood DM, Millan, Mitre, Nara Roesler, Night Gallery (EUA), Nil Gallery (FRA), OMA, Opera Gallery (FRA – SIN), Orlando Lemos, Papel Assinado, Paulo Darzé, Paulo Kuczynski, Piero Atchugarry (EUA – URU), Pinakotheke,  Portas Vilaseca, Projeto Vênus, Quadra, Rafael Moraes, Raquel Arnaud, Referência, Rodrigo Ratton, RV Cultura e Arte, Silvia Cintra + Box 4,Simões de Assis, steinART, Steiner, Superfície, Vermelho, VERVE, Ybakatu, Younique (FRA – PER), Zielinsky (ESP), Zilda Fraletti, Zipper); Setor Design (Ovo, +55 design, 31 Mobiliário, Alex Rocca, ALVA, André Ferri, Apartamento 61, Artemobilia, Bancos Indígenas do Xingu, Candida Tabet, Cristiana Bertolucci, Cultivado em Casa, deezign, Diletante 42, Estúdio Dentro, Estúdio Rain, ETEL, FAS, Gustavo Bittencourt, Guto Requena, Herança Cultural, Hugo França, Humberto da Mata, Jacqueline Terpins, Julia Krantz, Konsepta, La Lampe, Leandro Garcia, Mac Design, Marcos Amato, Mel Kawahara, Mobília Tempo, Nicole e Luiza Toldi, Novidário, particular.art.br, Passado Composto Século XX, Plataforma4, Porfirio Valladares, Rodrigo Silveira, Sandra & Marcio, Suite Design, Teo, Verniz, WENTZ); Instuições culturais e espaços independentes (Ateliê 397, Casa do Povo, Inclusartiz, Inhotim, Instituto de Arte Contemporânea – IAC, MASP – Museu de Arte de São Paulo, Pivô, Solar dos Abacaxis); e Patrocínios (Grupo Unipar, Iguatemi, Itaú, Vivo, Chandon, Mitsubishi, Terrazas e Tiffany & Co).

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