A Polícia Civil de São Paulo informou que a arma usada por um menino de 12 anos contra o amigo de 9, em São Paulo (SP), na terça-feira (16), pertence a um vigilante e está com a licença vencida. As crianças encontraram o armamento em cima de um armário após entrarem na residência do homem, que mora na parte de cima da casa do menino que atirou. As informações são do G1.

Conforme as investigações, o revólver está com a licença vencida e a espingarda não tem registro. Até o momento, o vigilante não foi encontrado. Vizinhos afirmaram que ele e a mulher saíram da casa e foram morar no litoral para se proteger da pandemia.

Segundo a delegada Renata Nogueira, o vigilante deve responder pelo crime de posse de arma. “Se ele tem a posse de uma arma de fogo no interior da residência e não tem registro da arma ele pode responder, sim, pelo crime regular de posse de arma de fogo que é um crime do artigo 12 do estatuto do desarmamento”, explicou ao SP2, da TV Globo.

“Pelo que foi apurado até então, ele não teve nenhuma negligência no armazenamento nessas armas de fogo. As armas, pelo que a gente apurou até então, estavam no interior da residência dele, em um baú fechado, e a residência estava trancada”, afirmou a delegada.

Relembre o caso

Pedro Gomes, de 9 anos, foi baleado no rosto, após ele e mais dois amigos encontrarem armas na casa de um vizinho. Conforme a polícia, o disparo foi feito por um dos colegas da vítima, de 12 anos. O menino foi socorrido e está consciente no Hospital Ermelino Matarazzo.

De acordo com a polícia, o menino que efetuou os disparos encontrou no armário da mãe a chave da casa do vizinho, que reside no andar de cima. Na residência, os três meninos encontraram uma escopeta e um revólver de calibre 38.

O menino pegou a arma para brincar e disparou contra o amigo. A bala acertou o rosto, atravessou a bochecha e chegou ao ouvido esquerdo da criança. Segundo a polícia, o menino que efetuou o dispara vai responder pelo ato infracional de lesão corporal culposa e ficará sob responsabilidade da mãe.