O baterista Flávio Augusto Goffi Marquesini ou simplesmente Guto Goffi participou da live da IstoÉ Gente, na noite da última sexta-feira (26). Em entrevista ao jornalista Rafael Ferreira, o fundador da banda Barão Vermelho conta os bastidores da história da banda de rock que movimentou a cena musical brasileira no início da década de 1980, ao lado de Cazuza e Frejat. “Muita gente queimou a língua sobre o Barão. A banda era uma irmandade”, avalia. No bate papo, ele conta sobre os sucessos e os dissabores da banda com a saída de Cazuza  e depois de Frejat, além de falar de sua vida pessoal. ” Vivi uma fase muito difícil. Passei necessidade mesmo”, disse.

Na conversa, o baterista relata a volta por cima e o lançamento de três discos solos, como C.A.O.S. que foi produzido com um material feito por ele há 15 anos. “Uma ideia que começou com imagens que criei, a partir de fotos que tirei e que alterei no computador, trazendo cores inusitadas, e deformações necessárias, hiper coloridas em fotos que congelaram momentos, sentimentos, e instantes mágicos da vida e reflexões da minha vida”, explica Guto.

O baterista foi o responsável pelo nome da banda de Barão Vermelho e se inspirou no aviador alemão Mandred Von Richthofen que lutou contra os aliados na Segunda Guerra. Letrista desde jovem,  criou várias músicas no Barão, como “Puro êxtase” e “Tão longe de tudo”, que fizeram e ainda fazem sucesso nas paradas de todo Brasil. O baterista conta os bastidores da substituição de Cazuza, após a saída do cantor em 1985. “Fizemos um karaokê e quem se mostrou melhor foi o Frejat”, diverte-se.

Aos 57 anos, cheio de planos e projetos, como o lançamento de um livro de poemas e fotografias, Goffi diz que está numa fase muito boa. “Hoje estou querendo me divertir.” O baterista, que se dedica também à fotografia, também tem uma escola de percussão, a Maracatu Brasil, um complexo musical voltado para o mundo da percussão e bateria. “Uma das coisas mais bacanas da vida”, conta.

Ácido em críticas à música popular brasileira da atualidade, Goff afirma que tem muita coisa idiota sendo produzida e que ele não suporta. “Tem muita coisa de autoajuda”, diz e finaliza: “Minha prioridade é o Barão, mas quero buscar o desconhecido. Liberdade é a palavra mais importante para o artista.”