Maria de Fátima Palha de Figueiredo, conhecida e reconhecida como Fafá de Belém, foi a convidada da live de ISTOÉ nesta sexta-feira (26). A cantora falou sobre a carreira, os desafios em tempos de crise sanitária e os projetos para o pós-pandemia.

Com 45 anos de carreira, Fafá conta na entrevista os momentos de aflição depois de decretada o isolamento social forçado em função do Covid, “tudo mudou, tudo caiu, tudo virou em 2020.”

A artista de 64 anos, com mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, disse ter sofrido muito ao constatar que as programações televisivas não representavam as sessentonas e sessentões, como ela . Segundo a cantora, daí surgiu o “Fafá na rede”, uma série de 22 lives que mistura música, religião, conversas e  histórias. Mais que isso. Foram com essas atividades on-line que Fafá conseguiu segurar a barra financeira da equipe – 12 famílias – que trabalha com ela.

“Foi uma revolução na vida de todos nós”. E continua: “Quem não aprendeu o caminho da solidariedade durante a pandemia pode voltar para o final da fila”.

Durante a entrevista, a cantora amazonense falou sobre fé e religião, que para ela são coisas completamente distintas; lembrou da sua ligação com religiosos católicos como os padres Fábio de Melo e Júlio Lancelotti, além de relembrar os encontros que teve com três pontífices.

“Acho que sou a única cantora do mundo que já se apresentou para três papas”, comentou.

“Eles são completamente diferentes. João Paulo II se colocava como interlocutor com Deus; Bento XVI, um conhecedor profundo, um estudioso; Papa Francisco é humano, com os sentimentos humanos”, completou.

Entre gargalhadas, Fafá na troca de ideias falou de política, criticou o bolsonarismo, os negacionistas do coronavírus, e a destruição na Amazônia.

“Se nós queremos mudar, temos que ativar nosso potencial político”, alerta.

Fafá chamou atenção ainda para a importância do empoderamento feminino.

“Nunca aceitei que as pessoas impusessem regras para minha vida. Sou livre. Não tenho pudor. O decote é a libertação. Sou mulher, sou bonita, sou gostosa. Os gays que me ensinaram a me vestir e me maquiar. Sempre fui a idealização dos meus amigos”, ressaltou.

Para finalizar, Fafá de Belém falou de música, dos sucessos recentes, como a​ gravação da música “Abandonada”, no disco de Johnny Hooker. ​ A cantora revelou algumas novidades para o retorno aos trabalhos no próximo mês com a live “Fafá na rede’’ com a escritora Thalita Rebouças, no dia 7 de março, além de outras ações na internet.

“A música é o caminho, mas a minha missão é alegria, é trazer de alguma forma a minha gargalhada, esse meu jeito de ser, e contribuir com alegria das pessoas”, finaliza.