O meia-atacante Soteldo ficou irritado com a reação de parte dos torcedores que estiveram na Vila Belmiro nesta quarta-feira, durante o empate sem gols do Santos com o Água Santa, terceiro jogo seguido sem vitória da equipe alvinegra no Paulistão. Ao fim da partida, muitos torcedores vaiaram o time e proferiram xingamentos. “Cala a boca, cala a boca”, disse Soteldo em direção à arquibancada quando se posicionou para dar a entrevista pós-jogo no gramado.

“Falam sem necessidade”, afirmou, já respondendo às perguntas dos jornalistas. “A gente não é o único time que está tendo dificuldade, o Campeonato Paulista é muito difícil. Se querem falar, que falem. A gente está tranquilo internamente, não importa o que falam de fora”, completou.

O clima de hostilidade começou a ganhar forma logo no início do intervalo. Assim que o árbitro apitou o fim do primeiro tempo, foram ouvidas as primeiras vaias mais fortes. Mais tarde, durante a segunda etapa, o atacante Ângelo ouviu ofensas da torcida e também respondeu, xingando os autores de volta.

Depois do apito final, a reação dos torcedores santistas foi mais intensa. Apesar de se mostrar incomodado, Soteldo pediu paciência, reforçando o discurso que vem sendo adotado pelo técnico Odair Hellmann, e disse que vê potencial de melhora para o time santista nos próximos jogos.

“É um novo ciclo, estamos arrumando as coisas, a vitória não sai há três jogos, mas estamos tranquilos. Estamos começando, acho que daqui a pouco estaremos melhorando isso”, disse. “Falamos aqui dentro, somos experientes. É melhor jogar, falar fora é fácil, temos que tratar de jogar mais e ganhar”, completou.

Terceiro colocado do Grupo A, com cinco pontos, o Santos buscará a reabilitação no Canindé, onde jogará como mandante contra a Ferroviária, às 18h30 de sábado, pela quinta rodada.