O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), pediu desculpa ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após dois dias de obstrução que impediu o avanço de votações no plenário. Ele também afirmou que não houve acordo para colocar em votação o projeto para anistia total para os condenados pelo 8 de janeiro 2023 — quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes.
🚨VEJA: Deputado Sóstenes Cavalcante pede perdão a Hugo Motta e diz que não irão representar contra deputada que empurrou Nikolas Ferreira
“Eu não fui correto e te peço perdão (…) nós não vamos representar contra a deputada da esquerda”
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“Não fui correto no privado, mas faço questão de vir em público e te pedir perdão”, disse em discurso na tribuna. Sobre a questão da anistia, Sóstenes acrescentou que combinou “apenas com líderes”. “O presidente Hugo Motta não foi chantageado por nós. Ele não assumiu compromisso de pauta nenhuma conosco.”
O líder do PL ainda afirmou que a Câmara “entrou no clima de antecipar um processo eleitoral [de 2026] feito pelo atual governo”.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, prometeu punição aos parlamentares bolsonaristas que ocuparam o plenário, como forma de protesto contra prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Os deputados da oposição só deixaram a cadeira da presidência após intensa negociação.