‘Somos a favor do desarmamento’, diz Vaticano sobre plano da UE

CIDADE DO VATICANO, 17 MAR (ANSA) – O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, não avaliou positivamente o plano da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de mobilizar 800 bilhões de euros para reforçar as defesas dos países da União Europeia.   

Durante uma cúpula extraordinária realizada no início do mês em Bruxelas, na Bélgica, os 27 chefes de Estado e de governo na UE concordaram em dar luz verde ao chamado “ReArm Europe”.   

“Quem se rearma, cedo ou tarde as armas devem ser usadas, certo? E essa sempre foi a política da Santa Sé desde a Primeira Guerra Mundial, ou seja, insistir em nível internacional para que haja um desarmamento geral e controlado, então não se pode estar feliz com essa direção em que estamos indo”, afirmou o religioso durante um evento promovido pela Embaixada de Marrocos na Santa Sé.   

O plano para mobilizar até 800 bilhões de euros para a defesa da Europa foi revelado após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter suspendido toda a ajuda militar aos ucranianos. O projeto tem como objetivo levar apoio “imediato” ao país comandado por Volodymyr Zelensky.   

O Instituto Kiel para Economia Mundial estima que os europeus enviaram 70 bilhões de euros em auxílio financeiro e humanitário, além de pouco mais de 60 bilhões de euros em ajuda militar.   

Ainda em relação ao conflito no leste europeu, o Vaticano fez um novo apelo pela paz na Ucrânia, defendendo um “diálogo sincero” e uma trégua “sem condições prévias de qualquer tipo”.   

(ANSA).