Soldados do Exército israelense entrarão “em ação em breve” no norte do país, na fronteira com o Líbano, onde ocorrem trocas de tiros diárias com o movimento Hezbollah, informou o ministro da Defesa, Yoav Gallant, nesta segunda-feira (29).

O ministro israelense informou que os soldados estacionados perto da fronteira com Gaza vão se dirigir para o norte do país.

“Em breve, entrarão em ação”, afirmou Yoav Gallant.

“Vamos aumentar as forças no norte e também vamos liberar gradualmente os reservistas, segundo as unidades, para que possam se preparar e estar prontos para as próximas táticas”, acrescentou.

Gallant também afirmou que os combatentes do Hamas carecem de suprimentos e de munição, mas que a guerra ainda vai durar meses.

O chefe do Estado-Maior, Herzi Halevi, afirmou recentemente que a probabilidade de que aconteça uma guerra no norte do país “nos próximos meses” é “muito mais elevada” do que antes.

A fronteira entre Israel e Líbano é cenário de trocas de tiros diárias entre as tropas israelenses e o movimento islamista Hezbollah, aliado do Irã e do Hamas, desde o início da guerra em Gaza.

Desde que o conflito começou, em 7 de outubro, desencadeado pelo ataque do Hamas no sul de Israel, mais de 200 pessoas morreram no Líbano, segundo uma contagem da AFP.

Do lado israelense morreram 15 pessoas, entre elas nove soldados e seis civis, segundo o Exército israelense.

Nesta segunda, o Hezbollah assumiu a autoria de 12 ataques contra posições israelenses desde o domingo à noite. Na sexta-feira, o movimento xiita mencionou pela primeira vez o uso de foguetes Falaq-1, produzidos no Irã.

O ataque do Hamas de 7 de outubro resultou em 1.140 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre em Gaza que deixou até o momento 26.637 mortos, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, território controlado pelo Hamas.

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