O soldado Travis King, libertado recentemente pela Coreia do Norte, foi acusado nos Estados Unidos de deserção e outros crimes, que incluem agressão de colegas soldados e pornografia infantil, informou na quinta-feira (19) a imprensa americana.

Segundo um documento citado pela mídia local, o Exército dos EUA apresentou oito acusações contra King, que estava instalado em uma base da Coreia do Sul.

As acusações incluem pontapés e socos em outros soldados, propriedade de um vídeo de pornografia infantil, declarações falsas e posse ilegal de álcool, embora o documento não forneça mais detalhes.

A deserção, por si só, acarreta em uma pena de até cinco anos de prisão.

Em julho, o soldado de segunda classe deveria ter voado de volta para o estado do Texas, no sul, depois de arrumar uma briga de bar, bêbado, e passar pela prisão sul-coreana.

Ao invés de viajar para Fort Bliss, para encarar audiências disciplinares, ele saiu caminhando do aeroporto da área de Seul, se infiltrou em uma viagem turística na Zona Desmilitarizada, e cruzou a fronteira extremamente fortificada – onde foi detido pelas autoridades comunistas da Coreia do Norte.

Pyongyang, capital norte-coreana, disse que King fugiu ao país para escapar dos “maus tratos e discriminação racial no Exército americano”.

Entretanto, após completar sua investigação, a Coreia do Norte “decidiu expulsar” King, em setembro, por invadir ilegalmente seu território.

A vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, indicou que King passaria por um “programa de reintegração”, que incluiria exames médicos e assistência para saúde mental, após seu retorno aos Estados Unidos.

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