ROMA, 7 JUL (ANSA) – Um soldado da reserva de Israel, que prestou serviço na Faixa de Gaza por três vezes, revelou que a ordem dada aos militares de sua unidade no enclave era “atirar para matar” contra qualquer um que adentrasse as áreas proibidas delimitadas pelas forças israelenses, independentemente de representar uma ameaça real ou não.
“Temos um território onde estamos, e as ordens são: quem entrar deve morrer. Se entrou é perigoso, deve ser morto. Não importa quem seja”, denunciou o militar reservista da 252ª Divisão das Forças de Defesa de Israel (IDF) em entrevista em vídeo à Sky News, mas de forma anônima.
De acordo com o relato, as tropas “matavam civis de modo arbitrário”, cujos critérios para abrir fogo contra civis “dependiam de cada comandante”.
Antes de ir para a reserva, o militar atuou duas vezes no corredor Netzarim, uma área de Gaza que serviu como zona de ocupação das IDF até fevereiro deste ano.
A guerra entre Israel e Hamas teve início em 7 de outubro de 2023 com os ataques do Hamas em território israelense, deixando 1,2 mil mortos. Do lado árabe, as mortes são estimadas em mais de 55 mil, incluindo milhares de mulheres e crianças. (ANSA).