São Paulo, 3 – O segmento de fungicidas protetores para a soja cresceu pela sexta vez consecutiva na safra 2020/21, apontou o estudo BIP – Business Intelligence Panel Soja, da Spark Inteligência Estratégica. O levantamento da Spark constatou ainda que as vendas totais de agroquímicos para aplicação na soja brasileira foram de R$ 31,36 bilhões no ciclo 2020/21, 17% superiores às da safra anterior (R$ 26,71 bilhões). Os fungicidas foram a categoria mais representativa, com participação de 41% das vendas de agroquímicos para a soja. A receita com fungicidas na oleaginosa totalizou R$ 12,74 bilhões em 2020/21, ante R$ 11,25 bilhões na temporada anterior.

Só os fungicidas protetores movimentaram R$ 2,16 bilhões no País na última safra, desempenho 23% acima do ciclo anterior (R$ 1,75 bilhão). Entre as safras 2018/19 e 2019/20, já haviam avançado 46%. Em 2020/21, eles representaram 17% das vendas totais de fungicidas, atrás dos fungicidas premium (58%) e Stroby mix (19%). Os fungicidas protetores são usados antes do desenvolvimento da doença fúngica na lavoura, têm como característica serem multissítio (agem em diferentes pontos do fungo) e costumam ser aplicados junto com outros fungicidas, como premium ou Stroby mix.

Conforme a Spark, o índice de adoção dos fungicidas protetores pelo agricultor brasileiro aumentou para 71%, ante 68% da safra 2019/20 e 48% na safra 2018/19. Já o número médio de aplicações atingiu 2,1 vezes, alta de 5,6% na comparação anual. A área potencial tratada chegou a 58,9 milhões de hectares, crescimento de 18% ante o período anterior (49,8 milhões de hectares).