São Paulo, 06 – A consultoria AgRural elevou para 107 milhões de toneladas a sua previsão de produção de soja na safra 2016/17 do Brasil, conforme nota divulgada nesta segunda-feira, 6. No início de fevereiro, a consultoria projetou 105,4 milhões de toneladas. A AgRural estimou agora área plantada de 33,6 milhões de hectares e produtividade média de 53 sacas por hectare. “Todos os números são recordes”, ressaltou a consultoria.
O ajuste ocorreu em virtude de elevações na produtividade esperada de todos os Estados, com exceção de Rondônia, que teve redução de uma saca por hectare (para 52 sacas/hectare) devido ao excesso de chuva em fevereiro, e do Pará, cuja perspectiva de safra foi mantida em 50 sacas/ha. Em Mato Grosso, que também foi castigado por chuvas intensas em fevereiro, a AgRural cortou três sacas por hectare do oeste do Estado, mas aumentou a produtividade das demais regiões. “Isso resultou em avanço da média mato-grossense para 54,1 sacas por hectare – 0,1 saca a mais do que em fevereiro”, disse a AgRural. O número é recorde para Mato Grosso.
A AgRural também projeta recordes de produtividade para Rio Grande do Sul (52 sacas/ha), Santa Catarina (57 sacas/ha), Paraná (55,5 sacas/ha) e Mato Grosso do Sul (53 sacas/ha). Ainda conforme a consultoria, não estão descartados aumentos nas projeções para São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Até quinta-feira (02), 47% da área plantada com soja no Brasil estava colhida, contra 41% em igual período do ano passado e 36% na média de cinco anos, segundo a AgRural. Tanto Mato Grosso quanto Goiás têm 78% da área já colhida. Em Mato Grosso do Sul, a colheita foi concluída em 76% da área.
O Paraná, que registrou atraso em relação à safra passada durante toda a colheita devido ao alongamento do ciclo de suas lavouras, ainda tem alguns pontos porcentuais de desvantagem em relação à temporada 2015/16, mas tem se recuperado de parte do atraso, conforme a consultoria. Com evolução de 15 pontos porcentuais em uma semana, o Estado tem 46% da colheita concluída, ante 53% há um ano e 40% na média de cinco anos.