Se a vida de jogador de futebol não é fácil com a puxada rotina de treinos e a constante pressão por resultados, imagine como deve ser a vida da mãe dos atletas. Entre xingamentos nas redes sociais e idolatrias, a figura materna dos esportistas convive com intensidade a eletrizante carreira no futebol. O LANCE! conversou com duas mulheres que contaram, no Dia das Mães, como é a experiência de guiar um filho no mundo da bola.

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A mãe Cristiane Tolentino conta com orgulho sobre o filhote Lucas Paquetá. Sempre nos colos da nação do Flamengo, tendo passado pelo Milan, da Itália, e vestido a camisa da Seleção, Paquetá atualmente brilha na França, pelo Lyon. A mãezona reconhece que não foi fácil aprender a lidar com as críticas ao “pequeno”.

– Realmente, não é fácil ser mãe de atleta. Eu tinha uma certa dificuldade no início em ler comentários maldosos, vendo meu filho ser criticado. Depois pensei: “Se nosso maior jogador do Brasil, o Neymar, é alvo constante de críticas e comentários maldosos, quem dirá o meu filho, que está começando agora. Comecei a não trazer isso para a minha casa e meu coração. Tinha de exemplo nosso maior jogador. Como deve ser para a mãe dele? Se ela consegue, eu consigo. Também saberei separar.

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Neymar e Nadine

Nadine Gonçalves é mãe de Neymar Jr. (Reprodução/ Instagram)


ORGULHO E PAIXÃO PELO FLAMENGO

Mesmo com as dificuldades, ela assume o “imenso orgulho” que tem por Lucas e diz que é uma emoção “inexplicável”. Ele é motivo de orgulho constante, por todo o empenho, dedicação, comprometimento. Cristiano fala que Paquetá lutou bastante para realizar desejo de jogar pelo Flamengo.

– Carreira de jogador de futebol não é fácil. No caso do meu filho, ele fez uma única peneira e foi aprovado, no primeiro teste. No decorrer dos anos, a gente teve inúmeras situações complicadas, onde ele precisou de suporte nosso – conta ela, que lembrou uma das situações onde a presença da mãe foi fundamental.

Lucas Paquetá - Flamengo

Paquetá, em 2017, com a camisa do Mengão (Gilvan de Souza / Flamengo)

– Uma delas foi quando ele teve um retardo ósseo, não maturou, e chegou a treinar com categorias inferiores (ainda nas categorias de base). Foi bem complicado. A minha família é muito unida. A gente sustentou. Eu incentivava todos os dias para ele ir para frente. Superar barreiras e limites para ser um jogador. Acho que, nessa jornada toda, o principal, como mãe que acompanhou o tempo todo, foi a vontade dele de saber o que queria e onde queria chegar – conta a fã número 1 da cria rubro-negra.

MÃE SOFRES COM FILHOS DESDE A CATEGORIA DE BASE

Muitos jogadores assumem que a fase infantil e inicial de um atleta é complicada pelo número de peneiras e as poucas oportunidades no funil gigantesco do futebol. Se a rotina de Paquetá na base foi complicada, uma mãe vive, nos dias de hoje, o turbilhão de emoções.

Com passagens por grandes clubes como Corinthians e Palmeiras, Jonatas Marcinkevicius brilha mesmo com a pouca idade. Com apenas 12 anos, Jonatas vem se destacando nas categorias de bases. Vendo o filho crescer na luta pelo sonho de ser atleta, Maria José, mãe do garoto, sabe que o caminho é longo, mas, o orgulho é ainda maior.

– Tem que ter muita calma, persistência. E nós temos que apoiar e ensinar sempre, pois nada é fácil. As críticas são um aprendizado para o crescimento dele. Para mim, como mãe, é muito gratificante, porque a emoção é grande demais.

Atualmente, na pandemia, o jovem está em treinamento no Ferroviária Araraquara, que possui um centro de treinamento perto da residência dele. Jonatas espera conseguir custear suas despesas para atuar em um time grande em breve e aliviar as finanças em casa.

Jonatas José Marcinkevicius


Jonatas, com a camisa do Timão (Arquivo pessoal)


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