21/01/2019 - 13:31
As equipes que tentam resgatar um menino de dois anos preso há oito dias em um poço no sul da Espanha esperam chegar a ele, se possível, na terça-feira, devido à dificuldade do terreno, indicaram seus responsáveis nesta segunda-feira (21).
Desde sábado, uma potente tuneladora está escavando um túnel vertical paralelo ao poço de 25 centímetros de diâmetro, onde o menino Julen Roselló caiu, em 13 de janeiro, na serra de Totalán, na Andaluzia.
O objetivo do túnel é ficar na altura do local onde acreditam que o menino esteja.
Uma equipe especializada em resgates ficará a cargo de cavar horizontalmente os quatro metros que separam esse túnel do poço.
No entanto, ainda faltam muitas horas, o que significa que, no melhor dos casos, chegarão ao menino na terça-feira, segundo os responsáveis da equipe.
Até este momento, escavaram 52 metros desse túnel e faltam mais oito, indicou à AFP Juan López-Escobar, delegado do Colégio de Engenheiros de Minas.
Uma vez terminado o túnel de 60 metros, ainda terá que ser revestido, a fim de garantir a segurança e que não haja desprendimento de terra, o que levará cinco ou seis horas.
Somente então os mineradores especializados poderão descer em uma jaula metálica para operar a conexão com o poço onde está o menino.
Esta tarefa pode levar “até 24 horas”, advertiu o engenheiro Ángel García Vidal, à frente da equipe técnica.
Esse túnel “será feito manualmente, com a ajuda da picareta, se o terreno estiver macio. Caso contrário, serão usados os meios de mineração, como martelo pneumático e verruma”, explicou López-Escobar.
Além da tuneladora, dos engenheiros e mineradores, há também uma equipe de técnicos em explosivos da Guarda Civil para fazer frente a qualquer emergência, apontou um porta-voz do instituto armado.
Contudo, o avanço foi atrasado pela tremenda dureza do terreno. No domingo, as equipes se depararam com uma camada de granito de cinco metros. E embora a previsão para cavar o túnel paralelo tenha sido de 15 horas, já levam mais de 40.
“Nos demos conta de que estamos fazem em dias uma obra que demora meses, além de não haver nenhum estudo geológico que sustente, porque não houve tempo nem possibilidades”, explicou o engenheiro Juan López-Escobar.