O Parque Nacional do Monte Rijani, na Indonésia, afirmou nesta terça-feira, 24, que sete socorristas conseguiram se aproximar do local onde a publicitária Juliana Marins caiu há quatro dias, mas precisaram montar um acampamento por já estar entardecendo. A brasileira é de Niterói (RJ) e estava na ilha de Lombok, no país do Sudeste Asiático, fazendo uma trilha em um vulcão quando sofreu a queda.
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Em uma publicação no Instagram, o Parque Nacional do Monte Rijani declarou que 48 pessoas estão envolvidas na tentativa de salvamento da brasileira e que as atividades desta manhã estiveram focadas na descida até o local onde Juliana está com técnicas de resgate vertical. A entidade apontou o terreno e o clima como “grandes desafios”.
Além de ser montado um acampamento nas proximidades da área em que a publicitária caiu, foi feito um teste de assistência via aérea com um helicóptero que não foi “totalmente bem-sucedido” por conta da neblina ao redor do local. As atividades realizadas nessa terça foram monitoradas por representantes da Embaixada do Brasil na Indonésia.
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Queda e resgate
Juliana caiu e deslizou cerca de 300 metros no sábado, 21, em direção a uma área de difícil acesso na montanha. Após a queda inicial, ela caiu mais e estimativas dão conta que ela está a cerca de 650 metros.
Por estar sem sinal de internet no local, a jovem ficou incomunicável após o acidente. Turistas que passaram pelo mesmo trecho algumas horas depois encontraram objetos e informações que ajudaram a identificar a brasileira e divulgaram o ocorrido pela internet, até que ele chegou à família da vítima.
As equipes de resgate afirmaram na segunda-feira que localizaram, com o auxílio de drones, o corpo da brasileira, que não se movia. “Deslocamos uma equipe ao local, mas esta foi impedida pelo terreno muito íngreme e pela névoa”, explicou o diretor do departamento de busca e resgate local, Muhammad Hariyadi. “Quando a detectamos usando um drone, ela não estava se movendo”, acrescentou.
Os socorristas explicaram que utilizam drones térmicos, equipamentos de montanha e um helicóptero para localizar a brasileira, que estava viajando pelo sudeste asiático.
Familiares de Juliana demonstram preocupação com o tempo para o resgate. “É possível que ela não sobreviva por conta da demora no resgate e caia”, disse a irmã da brasileira, Mariana Marins, ao jornal O Globo.
A Embaixada do Brasil em Jacarta foi acionada pela família e está em contato com a empresa que organizou a trilha e as autoridades locais. De acordo com comunicado enviado à imprensa, o órgão confirmou que o resgate estava a caminho e precisaria de pelo menos mais três horas para alcançar a vítima.
“Não temos informações precisas sobre o estado (de saúde) pois ela ainda está isolada no local da queda. Ela, contudo, está consciente e consegue mover membros superiores e inferiores. A equipe de resgate está a caminho do local, de modo que as condições do resgate ainda não estão claras”, afirmou a embaixada.
Juliana estava viajando pela Ásia desde fevereiro, passando por países como Vietnã, Filipinas e Tailândia, antes de seguir para a Indonésia. Até o momento, não há confirmação oficial sobre o estado de saúde dela além das informações preliminares repassadas por turistas no local. A família segue acompanhando o caso à distância, enquanto aguarda a conclusão da operação de resgate.