Filho do fundador das Casas Bahia é afastado após ser acusado de estupro por 14 mulheres

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Saul Klein, sócio-majoritário da Ferroviária Foto: Reprodução TV Globo

Com longa carreira como investidor no futebol, Saul Klein – filho do fundador das Casas Bahia – comunicou seu afastamento como gestor da Ferroviária, clube do interior paulista que se transformou em uma espécie de clube-empresa. O anúncio foi feito por meio de nota nesta sexta-feira (25) pelas redes sociais do clube.

O afastamento se deve as acusações de aliciamento e estupro de 14 mulheres do qual Klein é acusado. O posicionamento do clube ocorre após um primeiro anúncio de que a Locomotiva só se manifestaria depois de uma decisão da Justiça.

Confira a nota na íntegra:

Eu, SAUL KLEIN, informo que estou me desligando, temporariamente, do Comitê Gestor de Futebol da Ferroviária. O motivo dessa decisão é uma investigação em andamento na Polícia e para a qual devo priorizar a minha atenção, em defesa da integridade da minha história e da minha família.

A partir do momento em que a verdade for restabelecida e reconhecida minha inocência, voltarei a trabalhar, com todo afinco, pelos interesses da Ferroviária.

Saul Klein.

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Entenda o caso

Conhecido por ser o herdeiro das Casas Bahia, gigante do varejo nacional, Klein foi acusado de aliciar e estuprar 14 mulheres em festas realizadas em sua casa, localizada na capital paulista. A informação foi divulgada pela coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

A Justiça chegou a pedir que o empresário entregasse o seu passaporte e exigiu que ele não mantivesse contato algum com as denunciantes.

Como consequência da denúncia, um inquérito foi instaurado na Delegacia da Mulher em Barueri, na Grande São Paulo, para analisar o caso.

Vale lembrar que Klein, de 66 anos, teve um inquérito policial arquivado em julho deste ano no qual era apurado a suspeita de exploração sexual de uma menor de idade pelo empresário.

Ao Ge, o advogado de Klein, André Boiani e Azevedo, negou que o investidor da Ferroviária tenha cometido os crimes, mas disse que seu cliente é um “sugar daddy”, expressão usada para definir homens que sustentam mulheres mais jovens e em troca se relacionam com elas.