O PSD (Partido Social-Democrata), da coalizão governista, lidera as eleições legislativas na Romênia, mas a extrema direita registrou avanços significativos, segundo uma pesquisa de boca de urna divulgada após o fechamento da votação deste domingo, 1º.

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O PSD, que governa em aliança com os liberais no país, obteve 26% dos votos, superando as demais siglas.

Mas a soma dos votos de todos os partidos de extrema direita ultrapassa 30%, em comparação com menos de 10% nas eleições anteriores, realizadas em 2020.

As projeções são de bocas de urna e, portanto, não consistem em dados oficiais da votação. Caso o cenário se concretize, a indicação é de um Parlamento fragmentado e com uma equação de difícil negociação para a formação do governo.

As eleições na Romênia

As disputas legislativas ocorrem entre os dois turnos da eleição presidencial. No primeiro turno, realizado em 24 de novembro, o país foi abalado pela vitória do candidato de extrema direita Calin Georgescu, em meio a suspeitas sobre a integridade do pleito.

As autoridades apontaram para uma possível influência russa neste país vizinho da Ucrânia e para o papel da plataforma TikTok. O Tribunal Constitucional ordenou a recontagem dos votos, e o processo está em andamento.

“Os romenos enviaram uma mensagem importante à classe política”, declarou o primeiro-ministro social-democrata Marcel Ciolacu, derrotado antes do segundo turno do pleito. Para ele, a mensagem dos romenos é de “manter o rumo europeu, mas proteger identidade e valores nacionais”.

Escolha ‘existencial’

George Sorin, um economista de 45 anos, votou em um partido nacionalista. Para ele, o Parlamento atual “não fez nada além de servir aos interesses da Ucrânia, aprovando uma série de ajudas sem qualquer explicação” e esqueceu “os [interesses] da Romênia”.

Do lado pró-europeu, o partido de centro USR, cuja líder Elena Lasconi qualificou-se para o segundo turno das presidenciais, obteve 15% dos votos, o mesmo que os liberais.

O presidente romeno, Klaus Iohannis, afirmou que estas eleições são “cruciais para o futuro da Romênia nos próximos anos”. De acordo com o eleito, o pleito representa uma “escolha existencial” a respeito do futuro da nação.