Subiu para 17 o número de mortos por H1N1 neste ano na capital paulista, segundo balanço divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo nesta sexta-feira, 8. No levantamento anterior, de duas semanas atrás, eram oito vítimas, o que representa crescimento de 112% no período. Em todo o ano passado, nenhuma morte pelo vírus foi registrada na cidade.

A secretaria divulgou ainda que já são 201 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo H1N1, contra 12 registros em 2015.

Do total de mortos, 14 tinham comorbidade, ou seja, alguma doença crônica que aumenta o risco de complicações no caso de infecção por gripe. Os outros três óbitos ainda estão em investigação.

Apesar do crescimento de casos, o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, disse que não há razão para que a população tema o risco de uma nova pandemia, como a de 2009. “Não estamos tendo a reemergência do vírus nem uma mutação. Estamos tendo uma antecipação da circulação dos vírus gripais, mas não existe nenhum indício de que repetiremos o cenário de 2009. Naquela ocasião não tínhamos a vacina adequada nem tínhamos claro a função do oseltamivir (Tamiflu) na redução das complicações”, disse.

Com o surto na cidade, a quantidade de cápsulas do medicamento distribuídas na rede municipal triplicou na última semana, segundo a secretaria, passando de 30 mil na última semana de março para 109 mil na primeira semana de abril.

Padilha afirmou que, para reforçar a estrutura das unidades de saúde durante o período de surto, as Organizações Sociais da Saúde (OSSs), unidades conveniadas que administram serviços municipais, foram autorizadas a contratar médicos de forma emergencial como pessoa jurídica. A secretaria disse ainda que montará bancos de reservas de médicos que possam ser deslocados para unidades com maior demanda.

Segundo o secretário, a estrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) também será reforçada na próxima segunda-feira, 11, para o primeiro dia da campanha de vacinação contra a gripe, quando serão imunizados gestantes, idosos e crianças de seis meses a cinco anos.

“Poderemos usar mais de uma sala só para vacinação e desmarcar vacinações agendadas contra outras doenças”, disse.