Pelo menos 133 pessoas morreram no ataque de sexta-feira a uma sala de concertos em Moscou, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico, indicaram neste sábado, 23, as autoridades russas em um novo relatório.

“O número de pessoas mortas no ataque terrorista na sala de concertos Crocus City Hall aumentou para 133. As operações de busca continuam”, disse o Comitê de Investigação russo em comunicado no Telegram.

O número anterior era de 115 mortos no ataque armado ocorrido na periferia da capital.

O ato

Homens armados com fuzis automáticos Kalashnikov, chegaram à sala de concertos Crocus City Hall por volta das 19h40 (horário local) em uma minivan nessa sexta-feira, 22. Segundo a imprensa russa, havia até cinco homens. O diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB), Alexander Bortnikov, informou ao presidente russo, Vladimir Putin, que havia quatro agressores, segundo o Kremlin.

Segundo testemunhas, eles primeiro abriram fogo no saguão de entrada da casa, através das portas de vidro perto das catracas, e depois seguiram em direção ao salão principal. Vídeos mostraram os terroristas atirando em civis aos gritos com armas automáticas, enquanto alguns corriam para as saídas. Corpos eram então vistos imóveis.

“Ato terrorista selvagem”, diz Putin

O presidente russo, Vladimir Putin, descreveu neste sábado como um “ato terrorista selvagem” o ataque do dia anterior contra uma sala de concertos em Moscou, e afirmou que os detidos quiseram fugir para a Ucrânia.

Em um discurso televisivo, Putin afirmou que os quatro agressores detidos por este ataque tentaram fugir para a Ucrânia e prometeu que todos os responsáveis serão “punidos” e “não terão um destino invejável”.

Os suspeitos detidos, disse ele, “se dirigiam para a Ucrânia onde, de acordo com dados preliminares [dos investigadores], foi preparada uma ‘janela’ para eles atravessarem a fronteira”.

Putin apoiou assim a versão apresentada pouco antes pelos seus serviços de segurança, o FSB. Em nenhum momento do seu discurso ele mencionou a reivindicação do grupo jihadista Estado Islâmico, transmitida na noite de sexta-feira.