Sob protesto de delegações, Netanyahu diz que Israel ‘esmagou a maior parte’ do Hamas

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Foto: REUTERS/Shannon Stapleton

Dezenas de delegados de várias nações saíram em massa do salão da Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira, 26, quando o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se apresentou para fazer um discurso sobre a situação no Oriente Médio para os líderes mundiais.

Enquanto ele falava, gritos ininteligíveis ecoavam pelo salão. A delegação americana, que apoiou Netanyahu em sua campanha contra o Hamas, permaneceu no local. Aplausos ecoaram em outros setores quando ele iniciou seu discurso.

Como fez no passado, Netanyahu ergueu um recurso visual — um mapa da região intitulado “A MALDIÇÃO”. 

Netanyahu enfrenta isolamento internacional, acusações de crimes de guerra e crescente pressão para pôr fim a um conflito que ele continua a agravar . O discurso de sexta-feira foi sua chance de contestar a maior plataforma da comunidade internacional.

Durante seu discurso, Netanyahu disse que seu país “esmagou a maior parte” da “máquina terrorista” do grupo armado palestino Hamas e busca terminar o trabalho “o mais rápido possível” em Gaza.

Netanyahu comemorou o que ele disse ser uma série de vitórias estratégicas israelenses no ano passado, que também incluíram o ataque ao programa nuclear do Irã e o assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no Líbano.

O primeiro-ministro israelense chegou a falar diretamente para os reféns mantidos pelo Hamas e afirmou que  seu governo não descansaria até que eles fossem devolvidos. O discurso foi transmitido por alto-falantes na Faixa de Gaza.

“Não descansaremos até trazê-los para casa”, proclamou Netanyahu na Assembleia Geral da ONU, em hebraico e depois em inglês.

Netanyahu também rejeitou categoricamente a criação de um estado palestino dizendo que isso constituiria um “suicídio nacional” para seu país.

A Autoridade Palestina é uma instituição “corrupta até a medula”, acusou Netanyahu, dias depois de vários países ocidentais, incluindo o Reino Unido, o Canadá e a Austrália, se unirem para reconhecer a Palestina como um estado.

* Com informações da AP e AFP