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Os sucessivos casos de crianças baleadas em ambientes onde deveriam estar protegidas mostra como a intervenção militar no Rio de Janeiro não está sendo efetiva para proteger quem precisa. O mais recente deles aconteceu na semana passada com um bebê de seis meses. Ele foi atingido por um tiro na terça-feira 15 e já é a 15ª criança vítima de bala perdida só este ano. A mãe estava com a criança no pátio do Colégio São Vicente de Paulo, que fica na zona sul, esperando a saída do filho mais velho da escola. Era por volta das 19h quando o bebê foi atingido nos braços da mãe. Desesperada, ela pegou um táxi para procurar socorro em um hospital de Botafogo. Mais tarde, a criança precisou ser transferida para o Centro Pediátrico da Lagoa. De acordo com o hospital, o bebê recebeu alta na quinta-feira 17 e não irá apresentar sequelas, mas a bala ficou alojada em seu ombro esquerdo. Segundo a Polícia Militar, no momento em que o menino foi atingido não havia nenhuma operação na região do colégio. A direção da escola disse que lamenta a violência no Rio de Janeiro.

Semanas atrás, uma menina de 11 anos também foi vítima de bala perdida dentro de um colégio da zona norte do Rio. A criança estava no pátio quando foi atingida no braço direito. Com dor, procurou uma professora da escola. No momento em que foi atingida, estava acontecendo um intenso tiroteio no Morro do Juramento, que fica perto da escola.

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Tiroteios ou disparos de arma de fogo foram registrados na região metropolitana pela plataforma Fogo Cruzado durante os três meses de intervenção militar no Rio de Janeiro. O período analisado pela plataforma digital colaborativa foi de 16 de fevereiro a 15 de maio. Isso significa que foram cerca de 25 tiroteios por dia, mais de um por hora.

COREIA DO NORTE
Nova rodada de ameaças

Kyodo News

As conversas de paz entre as duas Coreias e os Estados Unidos pareciam boas demais. Mas agora Donald Trump e Kim Jong-un trocam ameaças, colocando a negociação em risco. Após exercícios militares na Coreia do Sul, o líder norte-coreano ameaçou cancelar a cúpula. Em resposta, Trump, mostrando seu talento diplomático, disse que Kim só permaneceria no poder se chegassem a um acordo sobre a desnuclearização do país, ou poderia esperar “total dizimação”.

VIOLÊNCIA
Tiroteio deixa ao menos oito mortes no Texas

Um homem foi preso no Texas, Estados Unidos, depois de atirar contra estudantes dentro de uma sala de aula na sexta-feira 18. Ao menos oito pessoas morreram e pelo menos três ficaram feridas. Assim que o homem começou a atirar, alarmes de incêndio tocaram para que os alunos saíssem do prédio. Quando a polícia chegou, o atirador fugiu, pegou uma bandeira dos EUA de um poste e levou até um saguão. gritou palavras de ordem contra o presidente Donald Trump. Depois disso, ele disparou contra o telhado. O atirador trocou tiros com a polícia e foi capturado.

CASAMENTO REAL
Polêmica com pai da noiva gera dúvida sobre presença no altar

Divulgação

Até esta sexta-feira 18, a presença de Thomas Markle no casamento da filha permanecia um mistério. O pai da atriz foi hospitalizado depois de ter sofrido um ataque cardíaco e ainda era dúvida na união da filha com o príncipe Harry. Porém, a ausência dele também teria sido motivada pela suposto “flagra” falso que ele teria montado com um paparazzo para aparecer nos tablóides. O caso não pegou nada bem dentro da família real, que preza pela privacidade desde a morte trágica da princesa Diana, em 1997. Sendo assim, a noiva pediu para que o príncipe Charles entrar com ela na igreja.

MEMÓRIA
Morre Tom Wolfe, o Radical Chic

Ulf Andersen / Aurimages

O americano Tom Wolfe foi um grande mestre do Jornalismo Literário, ao lado de Gay Talese e Truman Capote. Nasceu em Virgínia em 1930 e foi morar em Nova York em 1962, para trabalhar como jornalista. Suas reportagens tinham aversão ao que ele descrevia como o “tom bege do jornalismo” e se destacavam pela liberdade na escrita. Muitas viraram livros, como “These Radical Chic Evenings”, de 1970, que critica as elites nova-iorquinas e de onde surgiu o termo “Radical Chic”. Outro sucesso foi o romance “A Fogueira das Vaidades”, de 1987. Morreu na segunda-feira 14, em um hospital em Nova York, onde tratava uma infecção. Deixou a mulher Sheila, dois filhos e muitos ternos brancos, sua marca registrada.

ACIDENTE AÉREO
Avião cai em Cuba com 113 pessoas a bordo

Yamil Lage

Pouco depois de decolar do Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, na sexta-feira 18, um Boeing 737 com 113 pessoas a bordo perdeu altitude até cair em uma área rural. O voo seguia para Holguín, no outro extremo do país. O presidente cubano Miguel Díaz-Canel esteve no local e afirmou que o número de mortes era alto — a imprensa local falava em três sobreviventes. A aeronave havia sido alugada pela estatal Cubana de Aviación e pertencia à Aerolíneas Damojh, ligada ao grupo global Air Mexico. Entre os passageiros havia cinco crianças.