16/09/2017 - 20:27
Numa entrevista recente, Samuel Rosa mencionava um pacto de fidelidade com algumas canções e previa um show clássico e de festival. A terceira participação da banda mineira no Rock in Rio, neste sábado, 16, cumpriu a promessa – sem perder a espontaneidade e atacar de diretor (“filma isso aqui, meu amigo”, apontou para um camera man, em direção à plateia), chamar o helicóptero e ir para a galera.
No palco, o vocalista entrou nos temas políticos – Indignação, do primeiro disco da banda, de 1992, soava tão atual, segundo o próprio, e foi uma das poucas canções menos conhecidas do show.
“Estamos numa crise moral e ética. Peço à nossa classe política que não nos torne tão árdua e difícil a missão de acreditar neles. Nosso dinheiro está escorrendo pelos ralos”, disse.
Enfileirando hits dos anos 1990 e 2000, o grupo fez além disso o que sabe fazer e o que os fãs do festival esperavam.
“Vocês não sabem o que significa para uma banda como o Skank tocar para tanta gente”, disse Samuel Rosa. “Por mais tempo de estrada que a gente tenha, é incrível estar aqui” – e não há motivo para considerar que a fala é protocolar. Durante Ainda Gosto Dela, sucesso de 2008, ele evocou Freddie Mercury para interagir com o mar de gente virado para ele.
Rosa também elogiou o Amazônia Live, projeto ambiental do Rock in Rio. O fim do show – Vou deixar, Garota Nacional e Vamos Fugir – fez o piso da Cidade do Rock tremer pela primeira vez neste Rock in Rio.