O Santo André se prepara para uma temporada que promete ser movimentada para o clube do ABC Paulista. Desde 2013 sem disputar uma divisão nacional, o Ramalhão terá a Série D do Brasileiro e o Campeonato Paulista como competições asseguradas para disputar neste ano.

Saiba qual era a distância no Brasileirão do primeiro para o segundo colocado desde 2006. Confira!

Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o diretor do clube, Edgard Montemor, que retorna após uma passagem pelo Botafogo-PB, comentou sobre o planejamento para a próxima temporada e a situação financeira da equipe, que, segundo o dirigente, preocupa para o segundo semestre.

VEJA A TABELA DA SÉRIE D DO BRASILEIRÃO

– O calendário de 2021 nos proporciona um calendário completo, importante para o clube. Desportivamente falando é um ano importante, mas financeiramente é algo que assusta. Após o Paulistão, a parte financeira em relação a direitos de transmissão e patrocínio cai consideravelmente. Então, é algo que preocupa com certeza – afirmou o diretor.

Entre os assuntos abordados, Edgard comentou sobre o que espera da campanha do Santo André no estadual, visto que o clube chegou as quartas de final em 2020, a troca do gramado do Bruno José Daniel , que será sintético, entre outros temas relevantes. Veja a entrevista abaixo.

LANCE! – Qual a expectativa para o Campeonato Paulista? Esperam ter uma campanha como a de 2020 ou a primeira meta é escapar do rebaixamento?
O Campeonato Paulista é uma das competições mais difíceis que existem no Brasil. Vejo a Série B do Brasileiro com menos competitividade que o Paulistão. Temos os quatro grandes, o Red Bull com um enorme poderio financeiro, Guarani, Ponte Preta, as equipes menores do interior, Mirassol, Novorizontino subindo para a Série C.

O primeiro objetivo é a manutenção na divisão, a primeira meta sempre é essa, apesar do ótimo desempenho em 2020. Como no ano passado, esperamos garantir a permanência o quanto antes para pensar na classificação no Grupo A do estadual.

L! – O Santo André trouxe você novamente como diretor e alguns jogadores do Botafogo-PB, clube onde você também estava. Como funciona essa parceria entre os clubes?
Na verdade, não há nenhuma parceria entre os clubes. Como executivo, finalizei meu vínculo com o Santo André após o estadual de 2020, meu contrato acabou e tive o convite do Botafogo-PB. Aceitei o desafio numa Série C, mesmo sabendo do momento político conturbado que atravessava, e pude comprovar no dia a dia.

Acabei levando para o Botafogo-PB três jogadores que eu já havia contratado para o Santo André na disputa do Paulistão, no caso o Rodrigo, o Vitinho e o Ramon, são atletas que confio. Finalizando a nossa participação lá, optamos por trazer de volta ao clube. São coisas do mercado, não temos parceria, longe disso.

L! – A Prefeitura de Santo André pretende colocar grama sintética no Bruno José Daniel. Como está o andamento das obras? Dará tempo até a estreia no Campeonato Paulista?
A Prefeitura já iniciou a reforma e as obras visando a colocação do gramado sintético no Bruno José Daniel. A gente aguarda com ansiedade que na estreia contra o Santos nós podemos utilizar o estádio. Independentemente da presença de torcida, que eu creio que ainda teremos os portões fechados enquanto a vacinação não ocorrer.

Esperamos que as obras fiquem prontas, sabemos que o tempo é curto, mas a Prefeitura garantiu que terá agilidade nas obras para que isso possa acontecer.

L! – Quais são as peças que o Santo André procura no mercado para montar um
elenco forte, tanto para o Paulistão quanto para a Série D?
O Santo André vai contratar um elenco inteiro, provavelmente vamos trazer 25 jogadores, dos 26 possíveis inscritos. A pandemia atrapalhou bastante em relação as categorias de base, o clube não disputou nenhuma competição de base após a pandemia, isso atrapalha muito. Alguns jogadores que tinham vínculo com o Santo André foram emprestados ou tiveram seus contratos encerrados.

Buscamos no mercado, principalmente na Série B e C jogadores com perfil do Campeonato Paulista, atletas experientes, rodados, para vestirem essa camisa importante na competição tão difícil.

Para a Série D, infelizmente não temos condições financeiras que permita a manutenção de parte do elenco do Paulistão para a competição nacional. A tendência é que o elenco da Série D seja montado durante o estadual com outros atletas. Lógico que vamos procurar manter um ou outro jogador, levando em conta nossa capacidade financeira.

Nota da Redação: Até o momento, o Santo André contratou para a disputa do Campeonato Paulista: os goleiros Ivan e Fernando Henrique, o lateral-esquerdo Marcos Martins, o zagueiro Rodrigo Facundes, o volante Marino, os meias Vitinho Schimith e Gegê, e os atacante Ramon Machado e Fernandinho.

L! – Qual a situação do clube no momento? Mesmo com a volta do futebol, o calendário do Santo André terminou após o estadual. Há um projeto para “aguentar” uma temporada inteira como será a de 2021, visto que o clube vai disputar competições nacionais?
O calendário de 2021 nos proporciona o que todo clube quer, um calendário completo, de 12 meses. Campeonato Paulista no primeiro semestre, a Série D no segundo. Isso é importantíssimo, buscar o acesso para a Série C. A gente ainda espera e torce para o Corinthians ir à LIbertadores para termos uma vaga na Copa do Brasil.

Mas financeiramente falando é algo que assusta. Após o Paulistão, a parte financeira em relação a direitos de transmissão e patrocínio cai consideravelmente. Temos que quebrar a cabeça para conseguirmos montar uma equipe competitiva para ambas as competições. Então, é algo que preocupa com certeza.