Haruo Ozaki demonstrou preocupação com a decisão do Comitê Organizador das Olimpíadas e do governo japonês por permitir a presença de público durante o maior evento do esporte mundial, o qual tem data para iniciar no próximo mês de julho.
+ Corinthians firma parcerias para lançamento de fan tolken
+ Olimpíadas de Tóquio autorizam público de até 10 mil pessoas
+ Daniel Alves confirma participação nas Olimpíadas: ‘Satisfação imensa’
O presidente da Associação Médica de Tóquio considerou errônea a decisão, mesmo que com o limite de torcedores em 10 mil pessoas em cada praça da competição.
“Em comparação com outros municípios, o estado das infecções em Tóquio não melhorou. Se realizarmos as Olimpíadas daqui a um mês neste estado e aumentássemos o fluxo de pessoas, o número de infectados subir, e uma carga excessiva será colocada no sistema médico”, explicou.
Assim como outras entidades, a Associação Médica de Tóquio demonstrou ser contrária a realização dos Jogos na capital japonesa, já que desde a última semana o número de casos não para de subir.
“Originalmente, havia dúvidas se os jogos poderiam ser realizados. Então, por que de repente deixamos de lado a opção de realizar os jogos sem espectadores e falamos em deixar 10.000 pessoas nos locais? Levando adiante a premissa de que os jogos acontecerão de qualquer maneira, a motivação do público para praticar o autocontrole será perdida e a situação ficará fora de controle”, alertou.
“Muitos hospitais e clínicas não têm energia ou tempo de sobra devido às vacinações e outras tarefas, e se o número de pessoas infectadas aumentar, isso terá um grande efeito no progresso da vacinação. O governo diz que quer terminar todas as vacinações até o outono, mas então por que vai avançar com algo que funcione contra as contra-medidas contra a infecção só porque estamos nas Olimpíadas?”, completou.
Embora o temor das autoridades japoneses quanto ao aumento do contágio da Covid-19, as Olimpíadas de Tóquio devem começar no próximo dia 23 de julho, com a cerimônia de abertura.