O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quarta-feira (21) que a situação “sanitária e humanitária” na Faixa de Gaza é “desumana” após mais de quatro meses de guerra, desencadeada pelo ataque do Hamas.

“Em que mundo vivemos quando a gente não pode conseguir comida e água, ou quando pessoas que não podem sequer caminhar não recebem atenção?”, questionou Tedros Adhanom Ghebreyesus em uma coletiva de imprensa em Genebra.

“Em que mundo vivemos quando o pessoal da saúde se arrisca a ser bombardeado quando trabalha?”, acrescentou.

“A situação sanitária e humanitária em Gaza é desumana e segue se deteriorando”, apontou.

“Gaza se tornou uma zona de morte”, assegurou o chefe da OMS. “Uma grande parte do território foi destruída, mais de 29.000 pessoas morreram, outras estão desaparecidas, possivelmente mortas e muitos, muitos outros estão feridos”, acrescentou.

Ele também revelou que os níveis de desnutrição severa aumentaram severamente em Gaza.

“Precisamos de um cessar-fogo agora! Os reféns devem ser libertados, as bombas devem parar de cair e o acesso à ajuda humanitária deve ser livre”, pontuou Tedros.

Segundo a ONU, 2,2 milhões de pessoas, ou seja, a imensa maioria da população, estão ameaçadas pela fome na Faixa de Gaza, sob cerco de Israel desde o início da guerra.

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