A situação continua “séria” após as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a aquisição da Groenlândia, considerou, nesta quinta-feira (16), a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, no dia seguinte a uma conversa telefônica com o republicano.
Na véspera do Natal, o presidente eleito, cujo filho visitou brevemente a Groenlândia como “turista”, declarou que o controle deste território autônomo dinamarquês é “uma necessidade absoluta para a segurança nacional e a liberdade no mundo todo”, sem descartar o uso das forças armadas nem o aumento de tarifas sobre produtos dinamarqueses para alcançar seus objetivos.
Os Estados Unidos são o maior mercado de exportação da Dinamarca.
Durante uma conversa telefônica na quarta-feira, Trump, que assumirá o cargo na segunda-feira, não retirou suas ameaças econômicas, indicou Frederiksen.
“É uma situação séria”, afirmou durante uma coletiva de imprensa.
Durante sua conversa com o presidente eleito, Frederiksen lembrou que cabe à Groenlândia decidir sobre sua independência.
“A Groenlândia não está à venda”, repetiu nas últimas semanas o primeiro-ministro do território autônomo, Mute Egede.
Na segunda-feira, Egede deu declarações se mostrando favorável ao fortalecimento dos laços com Washington.
Com uma área de 2,2 milhões de km² e coberta por gelo em 80% de sua extensão, a Groenlândia desperta a cobiça de Trump por seus supostos recursos minerais e sua importância geoestratégica.
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