19/08/2019 - 15:12
As transformações de comportamento nas redes sociais geram situações e produtos à primeira vista bizarros, mas que acabam se consolidando. Foi o caso do Tinder, o aplicativo de relacionamento que foi lançado em 12 de setembro de 2012 e hoje praticamente goza do status de clássico.
MeuPatrocínio é o novo candidato a alterar os costumes. Trata-se de um dispositivo de relacionamento “sugar”, como dizem seus criadores. Ele consiste em juntar uma jovem em busca de carinho e segurança econômica – a “sugar baby” – com um homem entre 50 e 60 anos bem estabelecido, com a vida sexual ainda ativa ou movida a Viagra – o “sugar daddy”. O gatão da terceira idade.
O e-mail promocional do aplicativo www.meupatrocinio.com define o público alvo: “São jovens, bonitas, atraentes, têm clareza de objetivos e estão em busca de um homem maduro, bem-sucedido, um sugar daddy, que possa proporcionar o apoio emocional e financeiro que desejam.” O material cita o caso da universitária Maíra, de 24 anos. Ela veio do interior para São Paulo, dividia o apartamento com uma amiga e vivia na pindaíba, até que uma colega lhe contou que conheceu um daddy, engatou namoro com ele e “hoje leva uma vida de sonho”. Maíra não perdeu tempo, entrou no MeuPatrocínio e conheceu dezenas de daddies.
O importante, diz Maíra, é alinhar as expectativas desde o início do possível relacionamento: “Hoje, moro sozinha, o meu namorado – sim, meu daddy é o meu namorado – banca o aluguel do flat e tenho mais tempo livre para me dedicar aos estudos. Ele me enche de presentes e o maior deles foi passar o réveillon em Paris. Foi a minha primeira viagem internacional e recebi o bilhete como presente de natal. Só posso estar feliz!”
Antigamente, isso tinha outro nome!