A investigação apontou que o sistema de controle de gelo nas asas desligou e religou várias vezes durante o voo 2283 da Voepass, que caiu na cidade de Vinhedo, em São Paulo, no dia 9 de agosto, matando todos os 58 passageiros e quatro tripulantes a bordo.

O relatório diz ainda que outro equipamento, que controla a temperatura da aeronave, estava inoperante. Apesar disso, o veículo tinha a manutenção em dia e estava apto para voo em condição de gelo.

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira, 6, pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão responsável pela investigação do desastre, em relatório preliminar sobre a causa da queda.

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O piloto chegou a comentar com o co-piloto que havia bastante gelo na aeronave, mas em nenhum momento reportou emergência, conforme o relatório. De acordo com o Brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Cenipa, o objetivo da investigação do órgão “não é punitivo”, mas técnico. A esfera criminal cabe à investigação conduzida em paralelo pela Polícia Federal.

Relembre o acidente

Um avião com 58 passageiros e quatro tripulantes caiu na cidade de Vinhedo, em São Paulo, na tarde do dia 9 de agosto e matou todas as pessoas a bordo. A aeronave ATR – voo 2283, de matrícula PS-VPB, da Voepass, antiga Passaredo, decolou de Cascavel (PR) com destino ao Aeroporto de Guarulhos, no estado de São Paulo.

Veja como o site IstoÉ cobriu essa tragédia aérea:

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