O chanceler sírio declarou, nesta sexta-feira (4), que seu país está disposto a cooperar com os Estados Unidos para retomar o acordo de retirada de 1974 com Israel, que criou uma zona desmilitarizada supervisionada pela ONU na fronteira.
“A Síria aspira a cooperar com os Estados Unidos para voltar ao acordo de retirada de 1974”, disse o ministro sírio das Relações Exteriores, Assad al Shaibani, em um telefonema com seu contraparte americano, Marco Rubio.
Os dois diplomatas também conversaram sobre as “agressões israelenses repetidas contra o sul da Síria”, segundo um comunicado oficial.
Israel e Síria, onde uma coalizão islamista tomou o poder em dezembro, seguem em estado de guerra e o exército israelense realizou centenas de ataques contra o país vizinho nos últimos meses.
O enviado americano para a Síria, Tom Barrack, assinalou, em entrevista ao jornal The New York Times, publicada na quinta-feira, que Síria e Israel mantinham conversas “significativas” com a mediação dos Estados Unidos para restabelecer a calma em sua fronteira.
Após a queda de Bashar al Assad, em dezembro, Israel enviou tropas à zona desmilitarizada de segurança nas Colinas de Golã e realizou incursões em território sírio.
Israel ocupou parte desta colina síria durante a guerra dos Seis Dias (1967) e outra adicional durante a guerra do Yom Kipur (1973), que abandonou em 1974 em virtude do acordo de retirada, no qual foi estabelecida uma zona desmilitarizada de cerca de 80 km sob o controle das forças das Nações Unidas.
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