A cantora irlandesa Sinead O’Connor, morta em julho de 2023 aos 56 anos, morreu “de causas naturais’, segundo uma investigação judicial, cujas conclusões se tornaram públicas nesta terça-feira (9) em Londres.

O’Connor, que adquiriu grande fama com sua canção “Nothing compares 2 U”, em 1990, foi encontrada inconsciente pela polícia em 26 de julho em sua casa no sudeste de Londres.

Em um comunicado, o tribunal de Southwark, ao sul de Londres, encarregado da investigação sobre a morte da cantora, confirmou que “a senhora O’Connor faleceu de causas naturais”.

Sua morte provocou uma série de homenagens na Irlanda e em todo o mundo.

A cantora foi enterrada perto de Dublin, após um cortejo fúnebre em frente ao calçadão de Bray, uma pequena cidade ao sul da capital, onde viveu durante 15 anos.

O’Connor, que, em 2018, anunciou sua conversão ao Islã, teve sua carreira recheada com uma série de polêmicas.

A artista contou que sofreu maus-tratos de sua mãe durante sua infância, e criticou energicamente a Igreja Católica, a qual acusava de não ter protegido as crianças vítimas de abusos sexuais por parte de religiosos.

Em 1992, diante das câmeras de uma emissora americana, rasgou um retrato do papa João Paulo II.

Sete anos depois, protagonizou outra polêmica quando uma Igreja irlandesa dissidente a ordenou sacerdotisa.

A cantora foi desaparecendo pouco a pouco, até que em 2005 retornou com seu álbum de reggae “Throw Down Your Arms”, após ter vivido um período na Jamaica e ter se aproximado das crenças rastafaris.

Nos últimos, mostrou-se ativa nas redes sociais, ameaçando os seus antigos parceiros de levá-los à Justiça, e falando de seus problemas de saúde física e mental e, até mesmo, de seus pensamentos suicidas.

Segundo seus agentes, antes de morrer estava terminando um novo álbum, preparava uma turnê e planejava levar às telas sua autobiografia, “Rememberings”, um livro publicado em 2021.