Síndrome nefrótica: médica explica condição rara da filha de Junior Lima

A pediatra Suamy Goulart afirma que a síndrome nefrótica é uma condição que merece atenção especial dos pais, pois costuma se manifestar de forma súbita

Andre Iosolini
Foto: Andre Iosolini

Na manhã desta terça-feira, 22, Junior Lima e sua esposa, Monica Benini, usaram suas redes sociais para compartilhar um momento delicado da vida familiar: a filha caçula do casal, Lara, de apenas três anos, foi diagnosticada com Síndrome Nefrótica — uma doença rara que compromete o funcionamento dos rins.

Conhecidos por manterem a vida pessoal de forma reservada, eles explicaram que decidiram tornar o caso público pela importância do tema. “Oi, pessoal! Viemos dividir com vocês algo muito importante. Nossa pequena Lara foi diagnosticada recentemente com Síndrome Nefrótica, uma condição rara e ainda pouco conhecida. Fomos pegos de surpresa, mas estamos enfrentando tudo com muito amor e coragem. Ela já está sendo tratada, está respondendo muito bem e sendo acompanhada por uma equipe médica maravilhosa. Os resultados têm sido animadores!”, escreveram na publicação.

Junior e Monica também aproveitaram o espaço para fazer um alerta às famílias sobre a importância do diagnóstico precoce em doenças raras. “Se perceberem algo incomum na saúde dos filhos, procurem orientação médica o quanto antes. Isso faz toda a diferença! Pedimos que enviem boas energias e orações para a nossa Larinha. Estamos atentos a tudo e sentindo o apoio de vocês como uma grande força nesse momento.”

O cantor informou ainda que sua agenda de shows seguirá normalmente, mas com algumas adaptações. “A turnê solo vai continuar, respeitando todas as recomendações médicas. Vamos viver tudo com cuidado e muito amor. Obrigado por estarem ao nosso lado.”

No vídeo compartilhado, o casal comentou que, no início, imaginaram que os inchaços nos olhos da filha fossem apenas uma reação alérgica. Mas, após algumas consultas, veio o diagnóstico. “Foi um período tenso, sem saber ao certo o que esperar. Mas, graças a Deus, Lara respondeu muito bem ao tratamento, está em remissão e se recuperando muito bem”, completaram.

 

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O que é síndrome nefrótica?

De acordo com a pediatra Suamy Goulart, do Grupo Mantevida, a síndrome nefrótica é uma condição que merece atenção especial dos pais, pois costuma se manifestar de forma súbita e pode evoluir rapidamente.

A doença é caracterizada pela perda excessiva de proteínas na urina, provocada por uma alteração nos glomérulos — estruturas microscópicas dos rins responsáveis pela filtragem do sangue. “Com essa perda de proteínas, a criança passa a reter líquido no corpo, o que causa inchaço, principalmente no rosto, nas pernas e na barriga”, explica a médica do Grupo Mantevida à reportagem de IstoÉ Gente.

Entre os principais sintomas estão:

  • Inchaço ao redor dos olhos, nos pés e no abdômen;

  • Urina espumosa;

  • Ganho de peso repentino (por retenção de líquidos);

  • Cansaço, palidez e perda de apetite.

“O inchaço costuma ser o primeiro sinal percebido pelos pais, principalmente ao acordar. Se a criança também estiver mais sonolenta, comendo pouco ou apresentando alterações na urina, é preciso procurar o pediatra imediatamente”, alerta a Dra. Suamy.

Na maioria das vezes, a causa da síndrome nefrótica infantil é desconhecida (idiopática), e a forma mais comum é a chamada doença por lesão mínima, que geralmente responde bem ao uso de corticoides. “A maioria das crianças tem boa resposta ao tratamento”, afirma.

Segundo a pediatra, com diagnóstico precoce e adesão ao tratamento, o prognóstico é favorável. “A criança pode levar uma vida absolutamente normal. O importante é manter o acompanhamento regular, observar os sintomas e seguir todas as orientações da equipe médica.”

Referências Bibliográficas

Dra. Suamy Brelaz Goulart é pediatra do Grupo Mantevida. Graduou-se em Medicina pela Faculdade Atenas de Paracatu – MG, em 2014, com internato de dois anos, incluindo estágio obrigatório na UTI coronariana. Concluiu residência médica em Pediatria no Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília – DF, entre 2015 e 2017, e é membro da Sociedade Brasileira de Pediatria.

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