A apresentadora Adriane Galisteu, de 52 anos, revelou recentemente um problema de saúde após ser atendida no Einstein Hospital Israelita, em São Paulo, devido a fortes dores na região do quadril. O problema identificado foi a Síndrome do Piriforme, uma condição que pode causar dores intensas e até limitação dos movimentos.
“Gente, finalmente descobrimos o que eu tenho, já é um passo importante”, afirmou a apresentadora, antes de revelar que foi diagnosticada com Síndrome do Piriforme. Ela explicou: “Nunca tinha ouvido falar nisso, mas estou começando a entender melhor. É um músculo localizado profundamente no quadril, próximo ao nervo ciático”.
As dores começaram durante os exercícios
Galisteu contou que os desconfortos surgiram após um agachamento mal executado na academia. No último domingo, 5, ela já havia comentado sobre as dores e levantado a hipótese de ter sofrido uma lesão.
“Acho que me atrapalhei no agachamento sumô. Eu estava acostumada a usar 9 kg e dessa vez coloquei 11 kg. Tenho quase certeza de que foi isso. Mas não senti na hora, só depois do banho, muito depois. Vai, atletona!”, relatou.
A apresentadora explicou que foi direto para o hospital após o ao vivo de A Fazenda, durante a Prova de Fogo dos peões. “Recebi uma injeção forte contra a dor, estou tomando anti-inflamatório, fiz ressonância magnética e hoje vou gravar e depois ir ao ortopedista”, disse.
Mesmo com o tratamento, Adriane contou que continua sentindo dor. “Mesmo com tudo isso, ainda arrasto a perna. É uma dor muito estranha, não é nas costas ou lombar, mas do lado, que percorre toda a perna. Parece que enfiaram uma faca e, de vez em quando, dá um choque”, descreveu antes de revelar o diagnóstico.
Síndrome do Piriforme
De acordo com o ortopedista Dr. Isaías Chaves, que conversou com a reportagem da IstoÉ Gente, a síndrome ocorre quando o músculo piriforme, localizado na parte profunda do glúteo, comprime o nervo ciático. “Esse músculo é responsável por auxiliar nos movimentos de rotação do quadril. Quando ele sofre tensão, inflamação ou encurtamento, pode pressionar o nervo ciático, gerando uma dor que irradia para a perna, semelhante à dor ciática”, explica o especialista.
Os sintomas costumam incluir dor no glúteo, formigamento e sensação de queimação, que podem piorar ao sentar, dirigir ou praticar atividades físicas intensas. “Muitas pessoas acham que se trata de uma hérnia de disco ou problema na coluna, quando, na verdade, a origem está no processo de compressão que o músculo faz sobre o nervo”, afirma Dr. Isaías.
Segundo o ortopedista, o tratamento envolve fisioterapia, alongamentos e fortalecimento da musculatura do quadril, além de observar possíveis hábitos que possam favorecer o problema. “No passado, o uso de carteiras no bolso de trás da calça era um fator de compressão dessa musculatura e nervo, gerando quadros inflamatórios.” Na maioria dos casos, são indicados medicamentos anti-inflamatórios para aliviar os sintomas, juntamente com medidas de mobilidade e reabilitação. “A boa notícia é que, com o tratamento correto e orientação adequada, o paciente costuma se recuperar bem e pode voltar às atividades normais sem dor”, complementa.
Dr. Isaías Chaves reforça ainda a importância da prevenção. “Manter uma boa postura, evitar longos períodos sentado e alongar a região do quadril antes e depois dos exercícios físicos são atitudes simples que ajudam a prevenir o problema”, finaliza.