Síndrome da Pessoa Rígida: Entenda a doença neurológica rara que afastou Céline Dion dos palcos

Síndrome da Pessoa Rígida: Entenda a doença neurológica rara que afastou Céline Dion dos palcos

Céline Dion revelou nesta quinta-feira (8) que foi diagnosticada a Síndrome da Pessoa Rígida, que a forçou a adiar a agenda de shows que tinha. A doença neurológia e autoimune, que é extremamente rara, também é conhecida como síndrome de Moersch-Woltmann.

O principal sintoma é a rigidez, que é uma hiperatividade dos músculos, sobretudo nos membros inferiores, como nas pernas e na região do glúteo. Mas a síndrome também afeta a musculatura dorsal (das costas) e paravertebral (coluna vertebral), onde há aumento do chamado “tônus muscular”.

Devido à rigidez, a pessoa com essa síndrome pode enfrentar problemas como dor intensa; fadiga muscular; musculatura tensa; dificuldade de ficar em pé; locomoção prejudicada e quedas.

“Recentemente, fui diagnosticada como uma doença neurológica muito rara chamada síndrome da pessoa rígida, que afeta algo como uma pessoa em um milhão. Ainda estamos aprendendo sobre essa condição, mas agora sabemos que é isso que tem causado todos os espasmos que tenho tido. Infelizmente, estes espasmos afetam todos os aspectos da minha rotina diária, causando dificuldades quando ando e não me permitindo usar as cordas vocais do jeito que estou acostumada”, escreveu Céline em um post nas redes sociais.

As crises de espamos também são recorrentes com pessoas que sofrem dessa síndrome. Embora nem sempre haja fatores desencadeantes, muitas das crises espasmáticas são provocadas por gatilhos específicos como um simples susto, uma luz ou barulho (uma buzina, um celular tocando); ou até estresse emocional e dor física.

A enfermidade ataca o Sistema Nervoso Central e é mais comum em pessoas de meia-idade (de 20 a 40 anos). Como é autoimune, o próprio sistema imunológico é quem se volta contra o organismo, assim como ocorre com lúpus, artrite reumatoide e outras doenças neurológicas como esclerose múltipla.

O principal fator que desencadeia a síndrome são níveis altos do anticorpo anti-GAD. Ele combate a enzima GAD (glutamato descarboxilase), uma proteína que está envolvida na produção do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico), que regula o movimento muscular.

O tratamento para a Síndrome da Pessoa Rígida é clínico e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente, pois não é possível curá-lo. Utiliza-se então doses altas de relaxantes musculares e remédios como imunomoduladores ou imunossupressores para aliviar as dores e os espasmos.