ROMA, 3 SET (ANSA) – Os cinco maiores sindicatos do setor de educação da Itália irão participar de uma manifestação nacional no próximo dia 26 de setembro, em Roma, para “reafirmar o papel central e prioritário da escola e do conhecimento como condição de crescimento do país”, informaram em nota as entidades nesta quinta-feira (03).   

As entidades, assim, dão força à ação criada pelo “Comitê Prioridade à Escola”, que havia convocado o ato para a capital italiana.   

Os sindicatos FLC CGIL, CISL Scuola, UIL Scuola Rua, Snals Confsal e Gilda Unams ainda querem “denunciar os atrasos e as incertezas que acompanham o início do ano letivo”, programado para o dia 14 de setembro, e “que comprometem a reabertura presencial e em segurança, objetivo principal da ação sindical conduzida nessa prolongada fase de emergência”.   

Segundo a nota oficial, as entidades alegam que estão há três meses “apresentando soluções” e pedindo aumento nos investimentos estatais nas escolas, mas que ainda há muitas dúvidas sobre se as instituições conseguirão cumprir os critérios de segurança sanitária na retomada das aulas por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).   

No entanto, para os sindicatos, ainda há falta de recursos para contratar professores e funcionários, além de dúvidas se as salas de aulas terão uma quantidade adequada de estudantes.   

Apesar do governo ter reafirmado diversas vezes que as aulas começarão no dia 14 de setembro, algumas regiões temem não estarem prontas até a data estipulada. Para ajudar os governos locais, o Ministério da Educação está enviando álcool em gel, máscaras e novas carteiras para inúmeras escolas italianas.   

Além disso, há uma briga política entre o governo nacional e expoentes de partidos de extrema-direita. A região da Basilicata, por exemplo, informou que adiará o início do ano letivo 2020/2021 para o dia 24 de setembro para adequação.   

A Itália, diferentemente de outros países europeus, optou por encerrar o ano letivo 2019/2020 de maneira à distância após suspender as aulas presidenciais em março. (ANSA).