A polícia francesa desalojou manifestantes que bloqueavam um importante depósito de combustível no Mediterrâneo, num momento em que protestos se disseminavam pelo país em meio a crescentes tensões ante os planos do governo de realizar uma reforma trabalhista. Sindicatos ameaçam paralisar a produção em todas as oito refinarias da França.

A central sindical CGT reagiu duramente ao avanço da polícia durante a madrugada para retomar o controle do depósito em Fos-sur-Mer, onde caminhões retomaram o tráfego na manhã desta terça-feira. O primeiro-ministro Manuel Valls disse à rádio Europe-1 que o local foi “liberado” após dias de bloqueios. “Outros locais serão liberados”, afirmou o premiê. “Eu estou muito determinado.”

Os trabalhadores em greve, porém, prometem manter a luta até que o governo recue das reformas trabalhistas. A administração do presidente François Hollande tenta aprovar alterações na semana de trabalho, no pagamento de horas extras e em outras proteções trabalhistas, algo que os críticos dizem que enfraquecerá as proteções dos empregados sem promover a geração de vagas.

O secretário-executivo dos Transportes, Alain Vidalies, disse em entrevista à emissora i-Tele que 20% dos postos de gasolina pelo país enfrentam falta de combustível até a manhã da terça-feira. Segundo ele, os sindicatos ameaçam paralisar a produção em todas as oito refinarias da França.

Os consumidores, por sua vez, procuram abastecer seus veículos para se antecipar a maiores problemas. A emissora BFMTV chegou a mostrar imagens de motoristas que cruzavam a fronteira até a França para encher o tanque na Bélgica. Fonte: Associated Press.

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