A negociação salarial anual entre os sindicatos e as grandes empresas no Japão terminou com um aumento salarial médio de 3,8%, um recorde em 30 anos, de acordo com os dados preliminares publicados nesta sexta-feira pela confederação sindical de Rengo.

O resultado será aplicado a partir do próximo ano orçamentário, de 2023/24, que começa em 1º de abril, e ficou acima das expectativas dos economistas.

O aumento pode levar o Banco do Japão a normalizar a política monetária, que continua sendo ultraflexível.

Os salários aumentaram muito pouco no Japão nas últimas duas décadas, pois os sindicatos preferiram se concentrar na segurança do emprego em detrimento das demandas salariais, em um país onde os preços ao consumidor historicamente estiveram ancorados.

Mas, seguindo a tendência mundial, a inflação afeta o Japão desde o ano passado e em janeiro atingiu 4,2%, o maior nível desde 1981.

Os dados preliminares envolvem os trabalhadores das grandes empresas, mas a dúvida agora é se as pequenas e médias empresas seguirão a tendência.

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