O ministro espanhol da Agricultura anunciou, nesta quarta-feira (31), que receberá as principais associações agrícolas na quinta-feira (1º), depois que elas anunciaram que se unirão aos protestos de seus colegas de vários países europeus.

Essa reunião responde “ao pedido de encontro sugerido na carta conjunta das três” grandes organizações agrícolas, explicou o ministério em um breve comunicado. O encontro ocorrerá no ministério e com seu titular, Luis Planas, revelou.

Essas organizações são a Asaja (Associação Agrária Jovens Agricultores), COAG (Coordenadoria de Organizações de Agricultores e Criadores de Gado) e UPA (União de Pequenos Agricultores e Criadores de Gado).

Esse anúncio chega depois de que esses sindicatos anunciaram, na terça-feira, que seguiriam seus colegas europeus com “mobilizações” contra “as difíceis condições e burocracia asfixiante” da União Europeia.

Ainda nesta quarta-feira, ocorreram concentrações esporádicas de tratores, principalmente en León e Zamora, no noroeste do país. A Asaja disse que participaria de uma manifestação na quinta-feira em Bruxelas ante o Parlamento Europeu.

Por outro lado, uma organização catalã, Unió de Pagesos, convocou para 13 de fevereiro marchas e bloqueios em rodovias. Em Madri, está prevista uma manifestação em 21 de fevereiro ante o Ministério da Agricultura.

Primeiro exportador europeu de frutas e verduras, e primeiro produtor mundial de azeitonas, a Espanha é, junto com França, Itália, Alemanha e Polônia, uma das potências agrícolas da UE.

O campo espanhol vive um momento difícil por causa da seca que o atinge há três anos e que reduziu notavelmente as safras de azeitonas e cereais.

Desta forma, as indenizações pagas pelas companhias de seguros agrícolas pelos sinistros relacionados ao clima alcançaram em 2023 um nível recorde de 1,24 bilhão de euros (1,35 bilhão de dólares ou 6,67 bilhões de reais), segundo a UPA.

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