O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia (Sintergia) entrou com uma ação civil pública na 8ª Vara do Distrito Federal para tentar impedir a realização da assembleia da Eletrobras no dia 8 de fevereiro, que vai tratar da venda das distribuidoras deficitárias geridas pela estatal.

Os sindicalista preparam também uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para entrar no Supremo Tribunal Federal (STF), com o mesmo objetivo, informou ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) o diretor do Sintergia-RJ Emanuel Mendes. Segundo ele, as distribuidoras devem permanecer com a Eletrobras porque não é justo a empresa ter que aportar R$ 11 bilhões para poder viabilizar a venda das seis companhias.

Estão na lista da privatização as distribuidoras federalizadas Amazonas Distribuidora de Energia, Boa Vista Energia, Companhia de Eletricidade do Acre, Companhia Energética de Alagoas, Companhia de Energia do Piauí e Centrais Elétricas de Rondônia. De acordo com o sindicalista, não há sentido vender uma empresa por R$ 12 bilhões depois de ter feito ela desembolsar R$ 11 bilhões para sanear as distribuidoras.

“Vamos tomar outras medidas como uma grande mobilização no Congresso Nacional a partir de amanhã, não tem sentido algum você colocar R$ 11 bilhões e depois vender a Eletrobras por R$ 12 bilhões”, explicou Mendes ao Broadcast.

Ele alerta para o fato de o governo estar pensando em criar estatais para gerir não apenas as empresas binacionais como os programas sociais do governo, como o Luz para Todos, o que daria continuidade aos problemas que hoje são usados como argumento para a venda da estatal, como o abuso da influência política nos negócios da empresa.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias