O sindicato que representa os atores de cinema e televisão divulgou na quarta-feira, 29, uma série de normas e padrões para os atores e equipes de produção que supervisionam cenas que envolvem sexo e nudez. A meta é combater o assédio sexual nos sets. As regras anunciadas pelo Sindicato de Atores da Federação de Cinema Norte-americana de Artistas de Televisão e Rádio (SAG-AFTRA nas siglas em inglês) estabelecem práticas e políticas para os “coordenadores de intimidade” com a finalidade de ajudar as produções e os atores a filmar cenas sexualmente sensíveis.

Segundo as diretrizes, os “coordenadores de intimidade” deverão manter reuniões com os produtores, diretores e roteiristas para estabelecer a quantidade exata de nudez que se espera de cada cena e os detalhes específicos do sexo simulado, como determina o roteiro. Também deverão realizar reuniões individuais com os atores, para deixar claro com o que eles estão concordando.

“Esses protocolos e guias permitem normalizar e alterar o uso de ‘coordenadores de intimidade’ em produções, garantindo a administração da segurança dos membros do SAG-AFTRA enquanto trabalham”, justificou a presidente do sindicato, Gabrielle Carteris, em um comunicado.

As regras estabelecem que, no conjunto, os coordenadores devem “revisar os chamados trajes de ‘pudor’ e as barreiras físicas usadas durante simulações de sexo” na tela e estar familiarizados com meios para ajudar os diretores a coreografar as cenas para que possam ser credíveis e artísticas, sem sacrificar a dignidade e a segurança dos atores.

Segundo as normas adotadas por uma equipe de líderes do sindicato, os atores e “coordenadores de intimidade” abordam diretamente o problema de assédio sexual nos estúdios e sets, disse o diretor executivo indicado, David White, em um comunicado.

Os desvios de tais padrões não indicam nenhuma sanção implícita. Amanda Blumenthal, fundadora da Associação Internacional de Profissionais de Intimidade, ajudou a criar um guia e disse que este permite “estabelecer um equilíbrio correto entre uma descrição dos papéis e obrigações dos ‘coordenadores de intimidade’ no tempo que permitem a flexibilidade de um programa para outro”.

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Essa é a medida mais recente do SAG-AFTRA durante a época do # MeToo, em um meio de combate ao assédio sexual e outras violações sexuais contra os atores. Também estabeleceu um código de conduta em 2018, que inclui outros dados, determinando que audições e reuniões profissionais, não devem ser realizadas em quartos de hotel ou residências.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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