O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp) entrou nesta terça-feira, 25, com um recurso na Justiça de São Paulo para que a volta às aulas nas escolas particulares seja permitida em setembro na capital paulista. Na sexta-feira passada, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) negou pedido de liminar do sindicato para a retomada das atividades nos colégios.

De acordo com o Plano São Paulo, municípios em regiões que estão há 28 dias ou mais na fase amarela estão autorizados a reabrir suas escolas de forma opcional no próximo mês, mas a decisão depende do aval das prefeituras. Para todo o Estado, foi fixada a data de retorno no dia 7 de outubro. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), já anunciou que não deve retomar as aulas na capital em setembro.

Segundo o sindicato, Covas “quer impedir o retorno das escolas particulares na cidade, mesmo que em caráter parcial e opcional, conforme o Plano de Retorno às Aulas do Governo do Estado”.

A volta das atividades presenciais nas escolas é motivo de debate, em meio a dúvidas sobre o papel das crianças na transmissão da covid-19. A Prefeitura argumenta que a abertura poderia causar disseminação do coronavírus. Já as escolas particulares dizem estar preparadas para o retorno seguro, com protocolos sanitários. Desde o início da pandemia, os colégios vêm enfrentando redução de receitas, cancelamento de matrículas e parte das unidades de educação infantil, as mais afetadas pela crise, foi à falência.

Por meio de nota, o Sieeesp argumenta que as crianças estão sofrendo “física e emocionalmente” pelo tempo prolongado sem ir à escola e que a decisão de não reabrir em setembro não está embasada em estudos científicos. “A ação do Sieeesp baseia-se em estudos científicos e observações médicas comprovadas, como as apresentadas no Plano São Paulo.”