Trabalhadores de 52 embarcações da Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras, aprovaram em assembleia a realização de uma greve geral a partir do próximo sábado, 14 de maio. Os marítimos adiaram a manifestação para não haver “conflito” com a paralisação de diversas categorias agendada para o próximo dia 10 de maio, em protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A paralisação foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada na última quarta-feira, 4. Antes, na segunda-feira, 2, trabalhadores embarcados em 17 navios já tinham votado pela mobilização. Os marítimos buscam reajuste salarial de 9,3%, relativo à reposição da inflação nos últimos 12 meses.

Em nota, o Sindicato Nacional dos Oficiais de Marinha Mercante (Sindmar) informou que o movimento, denominado Operação Torniquete, terá paralisações alternadas a cada 72 horas nas embarcações. “Nos demais navios, a greve ocorrerá da forma tradicional, com a paralisação das atividades até que a empresa atenda às reivindicações que estão na pauta. Em qualquer circunstância, serão resguardados a segurança, o meio ambiente e o bem-estar dos tripulantes”, informou comunicado do sindicato na última terça-feira, 3.

Além das reivindicações salariais, os funcionários questionam a decisão da cúpula da Petrobras de colocar ativos da subsidiária à venda. “O que está realmente em jogo para esses profissionais é a garantia de seus postos de trabalho. O Sindmar lembra que a subsidiária é lucrativa. E, uma vez que o problema do Sistema Petrobras é fazer caixa, a empresa não deveria constar dos ativos a serem alienados dentro do plano de desinvestimento do grupo”, informa o sindicato.


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