Seu ciclo menstrual — ou ausência dele — pode dizer muito sobre sua saúde. Por isso, é imprescindível conhecê-lo e entender os sinais que esse período pode apresentar.
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Ao “The Sun”, de onde são as informações, a médica Bella Todd alerta a importância de manter as consultas ginecológicas em dia e pede que mulheres não deixem seus sintomas menstruais passarem despercebidos.
Segundo a especialista, três sinais merecem ainda mais atenção durante a menstruação, pois podem evidenciar condições anormais de saúde — ao notar qualquer um deles, procure um ginecologista. Confira abaixo quais são:
1 — Dismenorreia
Não se deve normalizar a dor durante a menstruação. Esse sintoma pode ser dismenorreia, uma condição que se apresenta em dois tipos.
“A primeira é quando as cólicas e dores são causadas por contrações muito fortes no útero, que fazem com que áreas do útero não recebam fluxo sanguíneo suficiente por um curto período de tempo”, explica o jornal.
“Geralmente, a dismenorreia primária melhora à medida que você envelhece. Não há realmente uma cura, até que você pare de menstruar completamente”, acrescenta a médica.
Nesse caso, os tratamentos podem ser simples e incluir prática de exercícios físicos, compressas e banhos quentes.
A segunda, por sua vez, é uma dor resultante de outra condição e não se limita as contrações intensas. Sendo assim, pode indicar endometriose, adenomiose ou miomas, que podem desencadear em consequências à saúde feminina, incluindo a infertilidade.
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Para essas causas, o acompanhamento médico é essencial para a devida indicação de tratamento, que pode incluir medicamentos anti-inflamatórios, uso de pílula anticoncepcional ou a DIU Mirena, por exemplo.
2 — Amenorreia
A amenorreria (ausência de menstruação) também requer atenção e se divide em dois tipos. O primeiro é: chegar aos 15 anos sem nunca ter menstruado ou não ter apresentado sinais de desenvolvimento sexual físico (como aumento dos seios ou crescimento de pelos) aos 13 anos.
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Nesse caso, a recomendação é consultar um médico para uma avaliação. “Ele pode sugerir que você espere um pouco mais ou, se não houver evidência de outro desenvolvimento sexual, testes podem ser recomendados”, pondera Todd.
Já o segundo tipo é a ausência de menstruação em mulheres que já teve um período em algum momento. “Se você já teve períodos regulares, mas não teve um por três meses, ou se você já teve períodos irregulares e não teve um período por seis meses, consulte seu médico para descobrir a causa”, alerta a especialista.
Conforme Bella, é preciso avaliar a possibilidade de uma gravidez. Caso essa não seja a causa, algumas condições podem ser consideradas, como perda ou ganho de peso, excesso de exercícios, estresse extremo, síndrome do ovário policístico (SOP) ou outros problemas hormonais.
3 — Miomas
“Miomas são crescimentos não cancerosos de músculo que se desenvolvem dentro da parede do útero”, explica o jornal. Seu diagnóstico requer exames ginecológicos, visto que nem sempre apresentam sintomas, que podem incluir sangramento menstrual intenso e prolongados e dor pélvica.
Segundo a médica, os miomas podem crescer em diferentes tamanhos e em variadas camadas da parede do útero. Alguns podem ser pequenos como uma ervilha, enquanto outros podem chegar ao tamanho de um melão, por exemplo.
O risco dessa condição é maior em caso de histórico familiar, obesidade, síndrome dos ovários policísticos, menarca precoce (primeira menstruação) e não ter gerado um filho.
Quando não apresenta risco à saúde, é comum que não se faça nada com o mioma. Caso contrário, pode considerar um procedimento cirúrgico para retirá-lo. Outra opção de tratamento pode ser a terapia hormonal, para diminuir os miomas.
Contudo, Bella destaca que até os 50 anos, idade da menopausa, 70% das mulheres terão miomas. Isso acontece pois os hormônios femininos durante os anos reprodutivos estimulam o crescimento dos miomas, especialmente nos últimos anos antes da menopausa.
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“Após a menopausa, quando esses níveis hormonais caem, os miomas tendem a encolher ou até desaparecer completamente”, finaliza a médica.