A superestrela da ginástica, a americana Simone Biles, se classificou neste domingo (25) para as seis finais em disputa nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, e liderou o concurso geral, apesar de ter cometido vários erros incomuns, entre eles pisar fora da área de competição.

Todo mundo esperava a entrada na competição daquela que é considerada a melhor ginasta de todos os tempos.

Como Biles começaria os Jogos que podem exaltá-la como lenda olímpica? Visivelmente nervosa, Biles foi eficiente em seus objetivos, apesar dos sinais de hesitação pouco habituais nela.

A atleta, que tem cinco medalhas olímpicas (quatro ouros e um bronze, todas nos Jogos do Rio-2016) e 19 títulos mundiais, pode sonhar em Tóquio-2020 com seis ouros, o que lhe permitiria superar o recorde na ginástica da soviética Larissa Latynina, com nove títulos olímpicos.

A estrela de Ohio disputará o ouro na competição por equipes na terça-feira, no individual geral na quinta e em quatro modalidades (salto, solo, trave, barras assimétricas) de 1 a 3 de agosto.

A americana conseguiu com dificuldade sua classificação nas barras assimétricas, aparelho que nunca foi seu forte, terminando na oitava e última colocação.

Biles, de 24 anos, terminou em segundo lugar no solo, ao pisar fora da área de competição, o que repetiu no salto, mas neste aparelho a falta não a impediu de terminar em primeiro lugar.

No solo, onde a americana tem o costume de dominar, quem terminou com a melhor pontuação foi a italiana Vanessa Ferrari (30 anos).

Tom Foster, um dos encarregados da equipe americana, justificou as faltas pelo “nervosismo”.

Nas barras assimétricas, a também americana Sunisa Lee terminou na liderança com 15,200 pontos e em segundo lugar do concurso geral, atrás de Biles.

A equipe americana, detentora do título, se classificou, mas a equipe do Comitê Olímpico Russo a superou neste dia por um ponto (170,562 contra 171,629). As chinesas ficaram em terceiro (166,863).

– Despedida de Chusovitina –

Outro momento de destaque neste domingo na ginástica artística dos Jogos de Tóquio foi que a veterana da competição, a uzbeque Oksana Chusovitina, de 46 anos, não conseguiu se classificar para a final do salto, embora tenha sido ovacionada ao se despedir em sua oitava Olimpíada.

Com a falta de público, as outras ginastas e treinadores formaram um corredor de honra para homenagear a ginasta com mais idade da história olímpica, que disputou seus primeiros jogos em Barcelona-1992.

“Chorei de alegria. Tanta gente tem me apoiado por tanto tempo. Estou muito agradecida”, declarou a atleta, que no começo representou a equipe unificada das antigas repúblicas soviéticas, logo após o fim da URSS.

No fim do dia, as ginastas alemãs também chamaram atenção ao competir de macacão, ao invés do habitual maiô justo, para se sentir mais confortáveis e evitar olhares indesejados, como já tinham feito no campeonato europeu de Basileia (Suíça), em abril.

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