O secretário-geral do Estado de Minas Gerais, Mateus Simões, afirmou em entrevista após a audiência de conciliação com a Vale no caso Brumadinho, nesta terça-feira, 17, que a mineradora propôs o pagamento de R$ 21 bilhões para encerrar o processo que pede a indenização de danos materiais e morais por conta do rompimento da barragem, em janeiro de 2019.

O montante foi recusado pelo governo local e pelos órgãos de justiça que movem ação bilionária contra a empresa. Uma nova audiência foi marcada para 9 de dezembro.

“Não estamos dispostos a permitir que Brumadinho se transforme numa segunda Mariana (onde houve o desastre da Samarco, em 2015). Esse acordo não vai ser feito para que não seja cumprido ou executado”, afirmou Simões. O depoimento a jornalistas foi postado no Twitter.

Segundo o secretário, o valor apresentado não cobre sequer os danos materiais causados pelo acidente, calculados em R$ 26 bilhões pelo Estado de Minas. Além disso, ainda faltariam valores relativos a danos morais. Na petição encaminhada à Justiça o governo local, Ministério Público, Defensoria Pública e Advocacia-Geral da União pedem R$ 54,6 bilhões.

“O valor não é o que achamos apropriado e algumas condições colocadas pela Vale também não estamos de acordo. Só discutiremos valores depois que esses temas de organização do acordo forem superados”, disse. O foco do governo mineiro é garantir que um eventual acerto fechado com a mineradora seja efetivo, factível e de rápida implementação.

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