O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, é o quinto ministro a deixar o governo Lula 3. Ele foi demitido nesta sexta-feira, 6, após as denúncias de assédio sexual.

Antes de Almeida, quatro ministros deixaram seus postos no governo. São eles: Gonçalves Dias, Ana Moser, Daniela Carneiros e Flávio Dino.

Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias foi o primeiro a deixar o Palácio do Planalto. Ele durou apenas 19 dias no cargo.

GDias pediu demissão na esteira da crise provocada pelos ataques de 8 de janeiro. Imagens de câmera de segurança mostraram o ex-ministro nas dependências do Palácio em meio aos ataques. Na época, parte da cúpula governista o acusou de ter sido conivente com o ataque.

A segunda a deixar o governo foi Daniela Carneiro (Republicanos-RJ), que comandava a pasta do Turismo na época. O pedido de desfiliação do União Brasil abriu uma crise interna na legenda, que pediu a saída da deputada da pasta em troca de apoio ao governo. Em seu lugar, assumiu o deputado Celso Sabino (União Brasil-PA).

Em setembro do ano passado, a ministra Ana Moser, dos Esportes, deixou o Palácio do Planalto. A demissão aconteceu devido à pressão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), pela pasta em troca de apoio em pautas governistas no Legislativo. Em seu lugar, assumiu André Fufuca (Progressistas-MA), aliado de primeira ordem de Lira.

A última baixa aconteceu em janeiro deste ano, quando o então ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino, deixou o cargo após ser indicado para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). A pasta, atualmente, é comandada pelo ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski.

Demissão de Silvio Almeida

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi demitido nesta sexta-feira, 6, após as acusações de assédio sexual contra mulheres. Ele se reuniu nesta tarde com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comunicou a decisão.

Silvio Almeida não segurou a pressão após as denúncias de assédio divulgadas pelo Metrópoles na quinta-feira, 5. As acusações têm como base relatos enviados à rede de apoio Me Too Brasil.

Uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Aniele Franco. Ela não se pronunciou sobre o caso.

O Planalto ainda não decidiu quem substituirá o ex-ministro no comando da pasta.