A Fórmula 1 corre contra o tempo em busca de estratégias para abrir a temporada de 2020. A primeira corrida que deveria ser em março, na Austrália, foi a primeira a ser cancelada. A partir daí, um a um dos GPs foi sendo adiado até somar oito provas. Antes de julho, a categoria não dever voltar. E se retornar, será na Europa, na Itália, que ainda enterra os seus mortos vítimas da pandemia do novo coronavírus. A luz no fim do túnel para a falta de datas e provável redução do número de corridas veio da Inglaterra.

Stuart Pringle, diretor do circuito de Silverstone, sede do GP inglês, anunciou que está preparado para ajudar a entidade de qualquer maneira. Até mesmo sediar mais de uma corrida nesta temporada, evitando assim deslocamento dos pilotos, mecânicos e profissionais da categoria.

“A maioria das equipes está a poucos passos do circuito inglês, então, operacionalmente, seria bem direto. Temos infraestrutura fixa. As equipes, em grande maioria, podem voltar para suas casas, em suas próprias camas, por isso, se é assim que podemos ajudar, ficaria feliz em fazer isso”, disse Pringle à TV britânica Sky Sports. “Poderíamos correr o tempo todo, mas há uma razão para corrermos no verão britânico (mês de julho) porque é a época mais civilizada do ano”.

O dirigente não descartou a possibilidade ainda de realizar uma corrida no sentido inverso, ou seja, iniciar o circuito na contramão do trajeto original, caso haja mais de uma etapa em Silverstone. Isso, segundo ele, motivaria os pilotos, sempre dispostos a novos desafios. “Não é um pensamento tão bobo”, afirmou Pringle. “Não temos licença para fazer isso, mas são tempos extraordinários e acho que decisões extraordinárias estão sendo tomadas. Nada está fora da mesa, mas vamos ver como serão as próximas quatro semanas”.

Apesar do otimismo, diversos outros eventos que seriam realizados no mês de julho na Grã-Bretanha também foram cancelados, como o campeonato de tênis de Wimbledon. A Fórmula 1 perdeu suas oito primeiras corridas devido à pandemia e autoridades ligadas à elite do automobilismo avaliam os possíveis cenários para 2020. Não está descartada a realização de apenas 15 corridas das 22 do calendário. Isso provocaria perda de dinheiro e negociação com patrocinadores e TVs.