Sigma realizará 1º embarque de lítio para processadora da coreana LG, diz CEO

Sigma realizará 1º embarque de lítio para processadora da coreana LG, diz CEO

Por Washington Alves

ARAÇUAÍ, Minas Gerais (Reuters) – A Sigma Lithium Corp realizará seu primeiro embarque de lítio do Brasil para uma processadora da LG Energy Solution, disse à Reuters a CEO da mineradora, Ana Cabral-Gardner, em momento em que a companhia inicia as operações.

A venda à empresa de baterias da sul-coreana LG também incluirá os rejeitos da produção, que serão transformados em produto de maior valor agregado, acrescentou a executiva.

A companhia informou na semana passada ter recebido licença de operação para vender e exportar lítio, e que a produção –que deverá ser 100% vendida ao exterior– seria iniciada em dias na mina de lítio Grota do Cirilo, na região do Vale do rio Jequitinhonha, em Minas Gerais.

“O nome que podemos divulgar é LG e seu ecossistema, então hoje esses embarques estão indo para processadores e refinadores da LG”, disse a executiva.

A empresa também havia informado anteriormente que seu primeiro embarque ocorreria em maio, com um volume de aproximadamente 15 mil toneladas de “lítio verde”.

“A surpresa bacana é que teremos embarques não só do produto principal como também dos rejeitos, o que vai nos transformar em uma operação zero rejeito.”

Cabral-Gardner destacou que 300 mil toneladas de rejeitos de ultrafinos da primeira fase de operação passarão por “upcycling”, e transformados em produto de valor agregado maior, nesse caso, em um insumo pré-químico para baterias de carros populares, explicou.

A companhia deverá aumentar gradualmente as atividades nos próximos meses e atingir a taxa de produção anual de 277.000 toneladas de concentrado de espodumênio (mineral fonte de lítio) até julho.

Posteriormente, a empresa irá expandir para a segunda e terceira fases do projeto, quase triplicando a capacidade de produção para 766 mil toneladas em meados de 2024, adicionou Cabral-Gardner.

No início deste ano, reportagens na mídia sugeriram que a Tesla ou a rival chinesa de lítio Ganfeng Lithium Group poderiam fazer uma oferta pela Sigma. Cabral-Gardner se recusou a comentar o assunto.

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